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Rio Grande do Sul Ao menos oito das 11 empresas de ônibus de Porto Alegre devem parcelar salários já a partir deste mês

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O programa será executado ao longo de quatro anos, findando em 10 de janeiro de 2026. (Foto: Fernanda Leal/Carris)

Diante da redução da demanda pelo transporte público em Porto Alegre durante a pandemia de coronavírus, ao menos oito das 11 empresas particulares de ônibus devem pagar de forma parcelada os salários dos rodoviários já neste mês de maio. Segundo a ATP (Associação dos Transportadores de Passageiros), o setor passa por uma crise que já se fazia notar antes mesmo das medidas restritivas de combate à doença.

“A situação é bem delicada, as empresas não gostariam de tomar essa medida, principalmente neste momento, onde fica claro o quanto o trabalhador rodoviário é essencial”, ressalta o engenheiro de transportes da entidade, Antônio Augusto Lovatto.

Mais da metade dos funcionários já estão enquadrados na medida provisória 936/2020, que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda – por meio dessa iniciativa, tanto a jornada de trabalho quanto o salário foram reduzidos e o governo federal paga um complemento para compensar parte da perda.

“Há alguns meses a ATP vem enviando diversas notificações à prefeitura e ao órgão gestor, a EPTC [Empresa Pública de Transporte e Circulação], informando sobre as dificuldades encontradas para manter em operação o sistema de transporte por ônibus da capital devido à constante queda no número de passageiros”, relata a Associação em seu site oficial.

“O problema se agravou após a chegada da pandemia, que culminou com a quarentena”, prossegue. “O fechamento do comércio e a inatividade de empresas tidas como não essenciais, fez com que houvesse uma baixa de 70% no número de usuários entre 20 de março e o final do mês de abril.”

Mesmo buscando alternativas como mudanças na tabela de horários e redução de linhas com pouca demanda, os concessionários não conseguiram evitar um prejuízo que já é estimado em R$ 46 milhões – a ATP ainda tentando buscar aporte financeiro nas esferas municipal, estadual e federal para evitar que o sistema entre em colapso.

“Há algumas semanas estamos avisando que a saúde financeira das empresas está em uma situação muito complicada. Sem um subsídio por parte dos governos ficará muito difícil manter o sistema em funcionamento”, finaliza Lovatto.

Ameaça de greve

Nesta semana, o comando do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre advertiu que a categoria não descarta cruzar os braços se as empresas não cumprirem um acordo que prevê o depósito integral dos salários dos empregados – somente no segmento privado, eles são 5 mil motoristas, cobradores, fiscais e outros profissionais.

Diferentes acordos foram firmados entre as empresas e o governo. Em alguns casos, a União chega a cobrir 30%, 50% e até 70% dos vencimentos, cabendo às companhias quitarem o restante. Em média, um motorista de ônibus ganha R$ 2,6 mil, e um cobrador, R$ 1,6 mil. O parcelamento atingiu toda a categoria, incluindo mecânicos, lavadores e pessoal administrativo.

(Marcello Campos)

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