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Cinema e TV Aos 50 anos, Rodrigo Faro encara um dos maiores desafios da carreira: “Achava impossível viver o Silvio Santos”

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Rodrigo Faro e Marjorie Gerardi interpretam Silvio Santor e Cidinha, primeira mulher do apresentador, no filme sobre o dono do SBT.

Foto: André Cherri/Divulgação
Rodrigo Faro e Marjorie Gerardi interpretam Silvio Santor e Cidinha, primeira mulher do apresentador, no filme sobre o dono do SBT. (Foto: André Cherri/Divulgação)

Aos 50 anos, Rodrigo Faro vive um dos maiores desafios da sua carreira. O ator e apresentador interpreta o Dono do Baú no filme “Silvio”, que estreou nessa quinta-feira (12) nos cinemas. Antes de aceitar o trabalho, ele procurou Silvio Santos para ter a aprovação do apresentador.

“Achava praticamente impossível interpretar o Silvio quando recebi o convite. Começamos nesse projeto em 2018. Para mim, esse filme é como o nascimento de um filho. Antes de filmar, fui falar com ele, que me recebeu no camarim, diferentemente das outras vezes em que a gente se encontrava no palco. Silvio quis saber sobre o roteiro e perguntou como a gente iria contar a história. A partir daí, foram 30 minutos em que fiquei vendo ele me contar as passagens importantes de sua vida que estão no filme, sério, com um tom de voz baixo”, recorda Faro.

Com direção de Marcelo Antunez, a produção começou a ser idealizada em 2018 e foi filmada em 2022. O longa foi pensado como uma homenagem em vida para o apresentador, que morreu no último dia 17, aos 93 anos, em decorrência de uma broncopneumonia após ser diagnosticado com H1N1. Diante da fatalidade, a produção acabou ganhando um novo significado.

“Esse filme está carregado de sentimentos e emoção. Quando fui pedir a bênção do Silvio para fazer esse trabalho, não era isso que tinha em mente agora no lançamento. Mas, de qualquer forma, ele merecia essa homenagem”, diz Faro.

O sequestro

“Silvio” recorda o momento em que o sequestrador Fernando Dutra Pinto (vivido pelo ator Johnnas Oliva no longa) invade a casa do apresentador, em 29 de agosto de 2001, e o mantém refém por longas sete horas. Ele só o libertou na presença do então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República. Dias antes, na mesma residência da família, no Morumbi, em São Paulo, seis homens (entre eles, Fernando Dutra) renderam e levaram Patricia Abravanel, a filha “número 4” do Dono do Baú, interpretada pela atriz Polliana Aleixo no filme. Depois de sete dias de muita tensão, a então universitária foi libertada na madrugada de 28 de agosto de 2001. De acordo com informações da época, a família pagou um resgate de 500 mil reais.

Apesar de o sequestro de Silvio ser o fio condutor da história, o longa mostra outras passagens da vida do empresário e comunicador, como se fossem memórias que ele revisitou durante as horas de terror. As cenas de flashbacks abordam, por exemplo, as relações com Chico Anysio (1931-2012), interpretado por Lucas Veloso; Manuel de Nóbrega (1913-1976), pai de Carlos Alberto de Nóbrega e criador do programa “A praça é nossa”, vivido no filme por Duda Mamberti; e Cidinha, personagem de Marjorie Gerardi, primeira mulher do apresentador, que morreu em 1977 e é a mãe de Cintia e Silvia, as filhas mais velhas dele.

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