Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2022
O filho primogênito da rainha Elizabeth II, o agora chamado rei Charles III, assumiu o trono inglês após a morte da mãe nessa quinta-feira (8). Charles será coroado como o rei mais velho da Grã-Bretanha, aos 73 anos.
A coroação segue uma série de protocolos e costuma ocorrer meses depois da sua ascensão, podendo chegar a um ano. Agora, o príncipe William de Gales, primogênito do novo monarca, assume o primeiro lugar na linha de sucessão.
A imprensa internacional, por diversas vezes, chegou a dizer que Charles poderia abdicar do cargo dessa sucessão, para deixar na mão do filho William, que tem 40 anos.
Em repercussão em torno da morte da rainha Elizabeth, o jornalista Américo Martins da CNN Brasil, comentou achar improvável a abdicação ao trono.
“Acho pouco provável que ele renuncie, ele se preparou a vida inteira, ele quer esse cargo, acho que é muito mais provável que ele faça uma espécie de transição para o filho”, disse.
Para especialistas, a tendência é que Charles tenha um reinado discreto e transicional. Além disso, o monarca deve ter o meio ambiente como principal bandeira, o que pode ajudar o novo rei a diminuir sua baixa popularidade.
Charles III tem o desafio de substituir a mãe, que entra para história como uma rainha “forte, longeva, de credibilidade e carismática”, diz o pesquisador da USP Pedro Costa Júnior.
Segundo ele, o novo rei é pouco carismático e tem a sua imagem ainda marcada pela turbulenta separação com a princesa Diana, em 1996.
Diante das dificuldades para realizar grandes mudanças na monarquia britânica, Charles III deve ser um rei “protocolar”, à espera de que o seu primogênito e próximo na linha sucessória da coroa, o príncipe William, mais jovem e popular, promova modernizações, diz Leonardo Paz, pesquisador de Inteligência Qualitativa no Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da FGV.
Charles fez sua primeira manifestação como rei. Em nota divulgada nas redes sociais da família real, ele lamentou “profundamente o falecimento de uma querida soberana e uma mãe que foi muito amada”.
No comunicado, Charles afirmou:
“A morte da minha querida mãe, a majestade a rainha, é um momento de grande tristeza para mim e para os membros da minha família. Nós lamentamos profundamente o falecimento de uma querida soberana e uma mãe que foi muito amada”.