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Aos médicos e aos gaúchos

O Rio Grande do Sul é o segundo Estado com mais vagas no edital. (Foto: Reprodução)

O edital do Programa Mais Médicos, lançado no dia 1º de julho pelo Ministério da Saúde, perpetua um descalabro. Novamente, o governo federal trata a revalidação de diploma estrangeiro, prevista em lei, como mero acessório aos candidatos que queiram participar.

O documento autoriza a inscrição de médicos formados no Brasil ou com diploma revalidado, mas também permite a entrada de brasileiros e estrangeiros com o que chama de “habilitação para exercício da Medicina no exterior”.

O Rio Grande do Sul é o segundo Estado com mais vagas no edital. São 276 vagas em cidades como Erechim, Passo Fundo, Santa Maria e outros grandes centros.

Some-se a esse contingente os profissionais formados por universidades precárias abertas nos últimos anos, muitas sem sequer hospital-escola, e está cavado o poço de desgraça em que querem mergulhar a saúde dos gaúchos.

A atenção primária tem que ser assistida por médicos capacitados, que resolvam os problemas das pessoas.

Não podemos aceitar médicos sem revalidação. É o mínimo necessário para garantir que a população tenha um atendimento aceitavelmente qualificado.

(Dr. Eduardo Neubarth Trindade é presidente do Cremers)

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