Terça-feira, 04 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de julho de 2024
Um apagão cibernético sem precedentes causou um transtorno global ao funcionamento de empresas aéreas, hospitais, bancos e até emissoras de TV que foram tiradas do ar. No Brasil, a pane teve menor impacto, mas também atingiu os serviços de alguns bancos e de hospitais e provocou atrasos pontuais em voos. A falha ocorreu durante atualização de sistemas da empresa de cibersegurança CrowdStrike, usados por algumas das maiores companhias do mundo.
Durante a atualização, computadores entraram em tela de erro ao serem ligados. Segundo a CrowdStrike, com sede nos Estados Unidos, a falha afetou clientes que hospedam seus serviços em computadores com Windows, o sistema operacional da Microsoft. Organizações com mais computadores podem levar dias até corrigir totalmente a pane. Segundo especialistas, o apagão expõe o risco de a economia mundial ter grande dependência de sistemas de poucas empresas.
Uma falha durante atualização de sistemas da empresa de cibersegurança CrowdStrike, usados por algumas das maiores companhias do mundo, provocou ontem um apagão cibernético sem precedentes, que afetou empresas aéreas, hospitais e bancos e até tirou do ar emissoras de TVs. No Brasil, a pane também atingiu os serviços de alguns bancos e de hospitais e causou atrasos pontuais em voos. “Foi um efeito em cascata nunca visto globalmente”, disse a Wedbush, consultoria americana especializada em tecnologia.
Em função da pane, especialistas destacaram o risco da grande dependência da economia mundial de sistemas de poucas empresas. “É como o árbitro de um jogo de futebol: quando a sua presença se faz notar é porque as coisas estão desandando”, escreveu Carlos Affonso Souza, da UERJ e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade.
Software
Com sede em Austin, no Texas, a americana CrowdStrike foi fundada em 2012 por George Kurtz e Dmitri Alperovitch, exfuncionários da rival McAfee. Segundo a empresa, a pane afetou clientes que hospedam seus serviços em computadores com Windows, o sistema operacional da Microsoft. Máquinas com Mac (da Apple) e Linux não foram afetadas.
Tecnicamente, a atualização de um dos softwares da CrowdStrike fez com que milhares de computadores, ao serem abertos, entrassem em tela de erro. Trata-se, no jargão do setor, da “tela azul da morte”, que aparece com mensagem que se traduz como “exceção de ameaça ao sistema não tratada”.
Especialistas disseram que poderá levar dias até que organizações que possuem milhares de computadores corrijam as falhas. Segundo o Financial Times, a Microsoft estima que alguns casos podem precisar de até 15 reboots, ou reinicializações, para conseguir voltar os computadores ao estado normal. (Jornal O Estado de S. Paulo)