Ameaças do Tribunal Superior Eleitoral ao Telegram, se concretizadas, vão inscrever o Brasil entre os países autoritários de esquerda, como China e Cuba, e de direita, como Irã e Rússia, que adotaram medidas de censura e controle contra o aplicativo de mensagens. São 12 países que tentaram impor “regras” ao Telegram, que não lhes deu confiança. Na Rússia, onde nasceu seu criador, Pavel Durov, o Telegram foi banido por não dedurar seus usuários à FSB, ex-KGB. Depois voltou a funcionar.
Protestos proibidos
Em todos os casos, o Telegram foi punido por decisão de regimes alvos de protestos, como aconteceu em Hong Kong, por exemplo.
Motivação política
O Telegram foi usado por manifestantes durante os protestos de 2020/21 na Bielorrússia, considerada a última ditadura europeia. Foi banido.
Partido proibiu
Em Cuba, em 2021, a história é a mesma. O governo comunista da ilha proibiu o funcionamento do Telegram após os protestos de 2021.
Acabou cedo
Na China o Telegram foi banido em 2015, quando o Partido Comunista descobriu ser alvo de críticas de grupos de ativistas humanitários.
Protocolo russo é adotado até mesmo em Angola
É tão “rigoroso” quanto o de Angola e países de menor expressão o protocolo adotado pelo governo russo para a visita oficial de dignitários estrangeiros. Na viagem à Rússia, a comitiva brasileira teve de fazer cinco testes. Em meados de 2021, o vice-presidente Hamilton Mourão, o chanceler Carlos França e demais membros da comitiva tiveram de fazer cinco testes contra covid para irem à Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Dois testes no Brasil
Toda a comitiva com destino a Luanda teve de testar 48 horas antes do embarque, e momentos antes de entrar no avião, em Brasília.
Outro no desembarque
O terceiro teste foi aplicado no desembarque dos brasileiros na capital angolana. Só teve acesso quem testou negativo.
Um para cada dia
Em cada um dos dias da conferência, entre 7h e 8h da manhã, todas as comitivas estrangeiras, incluída a brasileira, foram submetidas a testes.
Liberou, só que não
Fiel à sua conhecida má vontade quanto aos auto-testes de covid, para alegria dos laboratórios privados de exames e fornecedores de testes para rede pública, a Anvisa ainda não liberou a venda de nenhum deles.
Povo não é bobo
Em entrevista ao Diário do Poder, o deputado José Medeiros (Pode-MT) diz estar preocupado com tentativa do Judiciário de controlar as mídias sociais e banir o que não controlam. Apesar do ativismo, ele prevê uma surpresa na eleição. “Vai ter muito choro e ranger de dentes”, disse.
Viagem necessária
Sergio Moro criticou a viagem presidencial à Rússia, falando em “constrangimento” dos diplomatas. Moro não aprendeu nada. A viagem, ao contrário do que ele imagina, é um triunfo da diplomacia brasileira.
Positivou, dançou
O comandante da Marinha, almirante Garnier Santos, estaria na viagem presidencial a Moscou, mas testou positivo. O almirante de esquadra Silva Lima é quem o representa, nas tratativas da área de Defesa.
Realidade chata
A brincadeira de que Bolsonaro causou a retirada das tropas russas virou alvo de agência de checagem antibolsonarista, como todas. Luciano Hang ironizou: “se fosse o contrário, Bolsonaro seria o culpado”.
Aqui, não se sabe
Maiores do “big tech”, Alphabet/Google, Amazon, Apple, Meta/Facebook, Microsoft, Twitter e Uber gastaram mais de US$70 milhões só em lobby nos EUA, em 2021, diz o Wall Street Journal. Não há cálculo no Brasil.
Holofote é vida
A Comissão de Fiscalização do Senado, cujo presidente e vice são do Podemos de Sergio Moro, aprovou ouvir autoridades, como ministros da Saúde e Justiça, além de depoimento do diretor da PF. Também aprovou ainda discutir “crimes de ódio” e privatizações. É a nova CPI da Covid?
Luz no fim do túnel
A média de casos de covid despencou 33,5% desde o início do mês, caindo de 189,5 mil a 126 mil. A média de mortes também reverteu a tendência e caiu 11,7% em menos de uma semana de 951 para 840.
Pensando bem…
…guerra com hora marcada, só na internet.
PODER SEM PUDOR
Tricolor e sofredor
O então deputado João Carlos De Carli foi a uma audiência com o presidente João Figueiredo. Na ante-sala, o ajudante-de-ordens, major Dias Dourado, transmite uma inusitada advertência ao deputado: “Entre, mas não ria.” No gabinete presidencial, De Carli se depara com Figueiredo vestindo a camisa do Flamengo. Diante do espanto do deputado, o general ameaça: “Se rir, eu te quebro a cara!” Fluminense doente, Figueiredo estava pagando uma aposta que perdera para Dourado: na véspera, o Fla havia encaçapado o Flu no Maracanã.
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos