Apesar da alta da Selic, o Brasil caiu de posição no ranking de países com os maiores juros reais do mundo. O país ficou em terceiro lugar, atrás da Rússia e da Turquia, segundo o levantamento compilado pelo MoneYou.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nessa quarta-feira (6) aumentar a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 11,25% ao ano. Assim, os juros reais do país subiram de 7,33% para 8,08%.
Na última divulgação, em setembro, o Brasil ocupava a segunda posição do ranking. O primeiro lugar era da Rússia e o terceiro, da Turquia.
Neste mês, no entanto, a Turquia assumiu a liderança. Os juros reais do país saltaram de 5,47% para 15,18%. Na Rússia, a variação foi de 9,05% para 12,19%.
A Argentina continuou com o último lugar no ranking. Apesar de, em junho, ter perdido para a Turquia o posto de maiores taxas nominais da lista, o país também enfrenta uma inflação altíssima, o que acaba derrubando as taxas reais.
Alta da Selic
Nessa quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para a casa de 11,25% ao ano.
Na decisão anterior, em setembro, a autoridade monetária também havia elevado a taxa básica, mas em 0,25 ponto percentual, para a casa de 10,75% ao ano. Antes disso, o Copom havia tido duas reuniões consecutivas de taxa inalterada.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira ficou na 4ª posição, ao lado de outros dois países.
Veja a seguir: Turquia: 50%; Argentina: 35%; Rússia: 21%; Brasil: 11,25%; México: 10,50%; Colômbia: 9,75%; África do Sul: 8%; Hungria: 6,5%; Índia: 6,5%; Filipinas: 6%; Indonésia: 6%; Polônia: 5,75%; Hong Kong: 5,25%; Chile: 5,25%; Nova Zelândia: 4,75%; Estados Unidos: 4,75%; Reino Unido: 4,75%; Israel: 4,50%; Austrália: 4,35%; República Checa: 4,25%; Canadá: 3,75%; Alemanha: 3,40%; Áustria: 3,40%; Espanha: 3,40%; Grécia: 3,40%; Holanda: 3,40%; Portugal: 3,40%; Bélgica: 3,40%; França: 3,40%; Itália: 3,40%; Suécia: 3,25%; Coreia do Sul: 3,25%; China: 3,10%; Malásia: 3%; Cingapura: 2,99%; Dinamarca: 2,85%; Tailândia: 2,25%; Taiwan: 2%; Suíça: 1%
Japão: 0,25%.