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Economia Apesar das enchentes no Rio Grande do Sul, o abate de bovinos foi recorde no País no segundo trimestre

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Os dados mostram que o abate de bovinos cresceu 17,5% em comparação com o 2° trimestre de 2023. (Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE)

Apesar dos efeitos das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio deste ano, o abate de bovinos no País bateu recorde no segundo trimestre de 2024, segundo os resultados completos das Estatísticas da Produção Pecuária para o período, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados mostram que o abate de bovinos cresceu 17,5% em comparação com o 2° trimestre de 2023 e 6,7% frente ao 1° período de 2024. O total de cabeças abatidas chegou a 9,96 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 1997.

A cheia do Rio Guaíba, iniciada no fim do mês de abril, ocasionou prejuízos para as atividades agropecuárias e para a infraestrutura do Rio Grande do Sul, refletindo na redução de 40,45 mil cabeças de bovinos abatidas no 2° trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior. No comparativo anual, abril apresentou alta de 6,1% nos abates de bovinos, porém maio e junho apresentaram retrações de, respectivamente, 19,8% e 16,8% no volume de cabeças de bovinos abatidas.

“As enchentes afetaram a produção e principalmente a logística e infraestrutura do estado, pois não permitiram escoar os produtos e levar os animais para o abatedouro, gerando um problema logístico que afetou a cadeia”, explicou o supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi.

Em relação ao mesmo período de 2023, foram abatidas 1,48 milhão de cabeças de bovinos a mais no 2º trimestre de 2024, com altas em 26 das 27 unidades da federação (UFs). O abate de fêmeas aumentou 20,8% em relação ao 2º período de 2023, influenciado pela queda do preço dos bezerros no comparativo anual, enquanto o abate de machos subiu 14,8%. Segundo Bernardo Viscardi, “o abate de bovinos estava em um ciclo de retenção entre 2019 e 2021 e passou para o ciclo de expansão a partir de 2022. O preço de bezerros reduziu, refletindo-se no aumento do abate de fêmeas, principalmente”.

O abate de 1,61 bilhão de cabeças de frangos representou um aumento de 3,2% em relação ao mesmo período de 2023 e acréscimo de 1,0% na comparação com o 1° trimestre de 2024. Este resultado é o segundo maior na série histórica iniciada em 1997, superado apenas pela marca alcançada no 1° trimestre de 2023 (1,61 bilhão de cabeças).

Já o abate de 14,57 milhões de cabeças de suínos representou aumento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2023 e alta de 3,9% na comparação com o 1° trimestre de 2024. O abate de 358,72 mil cabeças de suínos a mais no 2º trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 17 das 24 unidades da federação.

As exportações de bovinos no trimestre atingiram o patamar inédito de 612,44 mil toneladas, aumento de 30,0% na comparação anual, com recordes para abril e maio (SECEX/MDIC). A ampla oferta de animais também impactou os preços da arroba do boi, que sofreu retração no período (CEPEA/Esalq). Os volumes exportados de carne suína voltaram a crescer, alcançando volumes recordes para os segundos trimestres. As exportações brasileiras de carne de frango também retomaram a trajetória de crescimento no 2° trimestre de 2024 e alcançaram um novo recorde na série histórica da Secex.

Rio Grande do Sul

No 2º trimestre de 2024, os resultados da produção animal no Rio Grande do Sul apontam que, frente ao 2º trimestre do ano passado, houve quedas de 12,3% no abate de frangos e de 10,6% no de bovinos, enquanto o de suínos aumentou 1,0%. Também diminuíram a aquisição de leite (-10,1%) e a de couro (-11,3%). A produção de ovos de galinha, por sua vez, foi recorde, crescendo 2,4% ante o 2º trimestre do ano passado. O mês de maio, quando o Estado foi atingido pelas enchentes que afetaram fortemente sua produção, infraestrutura e logística, representou recuo para todos os itens pesquisados; em termos absolutos, as quedas observadas na produção de frangos, bovinos, leite e couro, na comparação anual, foram as mais intensas entre as unidades da federação participantes das pesquisas.

No 2º trimestre de 2024, foram abatidas no Rio Grande do Sul 340,10 mil cabeças bovinas sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve redução de 10,6%; em relação ao 1º trimestre de 2024, a queda foi de 13,4%.

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