Nicolás Maduro ordenou a reabertura das fronteiras entre a Colômbia e o estado venezuelano de Táchira. Apesar da decisão, os cidadãos continuam enfrentando irregularidades e cruzando o território por meio de trilhas. Desde 22 de fevereiro, o trecho estava fechado. As pontes continuam bloqueadas pelos contêineres instalados pelo governo venezuelano para impedir a entrada de ajuda humanitária no país.
Bárbara Uzcátegui Sanz, colaboradora do El Nacional no estado, disse que os contêineres que o governo Maduro colocou para impedir a entrada da ajuda humanitária foram mantidos na fronteira. Ela ressaltou que cidadãos que argumentam sobre saúde e crianças que estudam em território colombiano e vivem na Venezuela estão autorizados a atravessar.
“A situação praticamente não mudou, os contêineres são mantidos lá, dificultando a passagem e os cidadãos continuam a usar as trilhas para passar para a Colômbia”, disse Uzcátegui ao El Nacional.
A fronteira colombo-venezuelana foi fechada em fevereiro para impedir a entrada de ajuda humanitária. Desde então, ocorreram vários eventos irregulares nessas áreas. Um grande número de pessoas que decidem emigrar ou que realizam atividades entre os dois países passa pelo local.
O fluxo migratório entre a Colômbia e a Venezuela foi mantido por estradas irregulares, chamadas trilhas, próximas às estradas estabelecidas.
As autoridades colombianas informaram a entrada de mais de 18.000 pessoas da Venezuela e a saída de mais de 8.000 pelas etapas autorizadas no departamento colombiano do Norte de Santander na manhã deste sábado, após o anúncio feito pelo presidente Nicolás Maduro para abrir as passagens de fronteira no estado de Táchira.
Segundo a Migración Colombia, o fluxo de pessoas, que registra um ligeiro aumento em relação aos dias anteriores, “permanece dentro das médias normais e é monitorado minuto a minuto”.
A autoridade migratória notificou que possui um plano de contingência que incluiria 10% a mais de oficiais e equipamentos tecnológicos, caso “algum incremento incomum” esteja presente no referido fluxo.”
Temos acompanhado o comportamento das oito travessias de fronteira que temos com a Venezuela, sem novos desenvolvimentos. Estamos felizes pelo povo venezuelano, que não terá mais que ir às trilhas para chegar à Colômbia”, disse o diretor da Migração Colômbia, Christian Krüger.
Apesar do que afirmou o funcionário, a imprensa venezuelana aponta que persistem irregularidades na fronteira e que várias pessoas continuam atravessando estradas e travessias ilegais.
Além disso, apesar da decisão de Caracas, os contêineres colocados pelo partido no poder em fevereiro passado em pontes internacionais continuam a bloquear a passagem de veículos.