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Economia Apesar das incertezas globais que pressionam o câmbio mundo afora, mais da metade da alta do dólar ante o real em 2024 se explica por problemas internos

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A moeda brasileira segue derretendo conforme pioraram as expectativas do mercado financeiro com o governo. (Foto: EBC)

Um levantamento, feito pelo economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, compara a valorização do dólar em relação à moeda brasileira com o avanço da divisa americana em relação às de outros países emergentes.  Do início do ano até a última quarta-feira (12), o dólar teve uma valorização de 11,32% sobre o real pela chamada taxa Ptax, calculada pelo Banco Central, saindo de R$ 4,84 para R$ 5,39. Essa alta, porém, é muito superior à valorização da moeda americana frente ao “dólar index emergentes”, que avançou 4,4% no período.

O “dólar index mercados emergentes”, calculado pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano), é uma cesta com moedas de 19 países – entre eles, China, México, Índia, Coreia do Sul, Colômbia, Chile, Argentina e o próprio Brasil. “Comparando o comportamento do real, vis-à-vis outras moedas de emergentes, a valorização do dólar é maior ante a nossa moeda, o que indica que há um efeito de questões internas importantes”, afirma Costa Neto.

Pelo levantamento, portanto, mais da metade da valorização do dólar este ano se deve a componentes domésticos. Em meados de abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante viagem aos Estados Unidos, chegou a afirmar que dois terços da alta da moeda americana eram consequência de fatores externos.

Apesar das incertezas globais que pressionam o câmbio mundo afora, mais da metade da alta do dólar ante o real em 2024 se explica por problemas internos.

Campos Neto aponta as dificuldades de o governo cumprir as metas do arcabouço fiscal como a principal causa para a desconfiança, mas cita também os recentes ruídos no Banco Central, que colocou a política monetária em xeque, e a mudança de comando na Petrobras.

Cotação

Levando em conta reservas e saldo de exportações, dólar deveria valer entre R$ 4,80 e R$ 4,90.

Ele lembra ainda que o Brasil tem tido superávits comerciais fortes nos últimos anos, com exportações de minério de ferro, soja e petróleo, além de ter reservas cambiais na casa de US$ 350 bilhões. Além do estoque de dólares das reservas, há um fluxo grande de entrada de moeda americana via balança comercial. E diz que o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) tem coberto com folga o déficit em conta corrente medido pelo Banco Central.

“Os modelos apontam que o real deveria estar cotado entre R$ 4,80 e R$ 4,90, para níveis mais apreciados. Temos reservas, exportações diversificadas e um forte saldo na balança comercial anual”, diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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