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Saúde Apesar do Brasil estar livre do sarampo, órgãos de saúde alertam para continuidade da vacinação em crianças, adolescentes e adultos

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A imunização com a tríplice viral é a principal forma de prevenção ao sarampo.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A imunização com a tríplice viral é a principal forma de prevenção ao sarampo. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O País está, novamente, livre do sarampo. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) entregou ao Ministério da Saúde a recertificação de eliminação do sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). Apesar da boa notícia, os órgãos de saúde alertam para a continuidade da vacinação no Brasil.

A imunização com a tríplice viral é a principal forma de prevenção ao sarampo. A doença é infecciosa e pode ser grave, capaz de levar o doente à morte, especialmente as crianças. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece duas vacinas contra o sarampo. A tríplice viral protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e é indicada para todas as pessoas entre 1 e 59 anos.

O esquema vacinal contra o sarampo depende da idade: duas doses dos 12 meses a 29 anos e uma dose de 30 a 59 anos. Crianças dos 15 meses a menores de 5 anos recebem a segunda dose contra o sarampo com a tetra viral, que protege contra o sarampo, a caxumba, rubéola e varicela. A imunização é recomendada para quem nunca se vacinou, quem está com esquema incompleto ou quem não tem registro de dose já recebida e está disponível em todas as unidades de saúde da cidade.

A vacinação é contraindicada para gestantes. Lactantes podem receber a tríplice viral. Pessoas imunocomprometidas devem passar por avaliação médica antes da aplicação. Trabalhadores da saúde recebem duas doses da tríplice viral, independente da idade. Situações especiais devem ser avaliadas individualmente na unidade de saúde.

A transmissão do sarampo ocorre pela via aérea, ou seja, quando um doente tosse, fala, espirra ou até respira próximo de outras pessoas. O poder de transmissão do vírus é muito elevado e as complicações causadas incluem pneumonia em crianças, infecção no ouvido, inflamação no cérebro e morte infantil.

Entre 2018 e 2022, foram 39.779 casos confirmados da doença no Brasil. Em 2023 não houve casos confirmados e, neste ano, dois casos foram registrados. O primeiro, de janeiro, foi no Rio Grande do Sul, em paciente com viagem ao Paquistão. O segundo, de agosto, foi em Minas Gerais, com viagem à Inglaterra.

Na série histórica, o Rio Grande do Sul registrou o último óbito por sarampo em 1997, quando uma pessoa perdeu a vida por causa da doença ou suas complicações. No Brasil, os óbitos mais recentes são de 2021, quando duas pessoas morreram por sarampo.

O País já havia sido classificado como zona livre do sarampo em 2016. No entanto, acabou perdendo o certificado em 2019 após surtos da doença. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, o Brasil registrou 10.374 casos. O pico foi atingido em julho de 2018, com 3.950 casos.

Em junho, o Brasil completou dois anos sem casos autóctones (com transmissão em território nacional) de sarampo — o último foi confirmado em 5 de junho de 2022, no Amapá. Todos os registros da doença foram de indivíduos que vieram do exterior.

 

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