O MDB promoveu evento histórico, ontem, para comemorar os 90 anos de Pedro Simon. Mais de 1 mil filiados, militantes e simpatizantes do MDB lotaram a sede do Capão da Canoa Futebol Clube.
O grupo executivo, coordenado pelo deputado estadual Sebastião Melo, encontrou uma nova e eficiente forma. Houve a substituição dos longos e tradicionais discursos por três painéis. Em cada um deles foram ouvidos sete depoimentos, limitados a três minutos, sobre diferentes momentos da carreira política do homenageado. Na mediação estiveram os jornalistas José Barrionuevo, Erico Valduga e este colunista.
Sobre o passado e o futuro
No encerramento, Simon fez discurso em que relembrou as campanhas em favor das Diretas Já, da Constituinte, da anistia e da liberdade de Imprensa.
Defendeu ainda a prisão dos réus condenados após sentença em segundo grau e a cobrança de 60 bilhões de reais que o governo federal deve ao Rio Grande do Sul, desde que passou a vigorar a Lei Kandir em 1996.
Dois lados
A turbulência em Brasília se repete a cada dia e gera a edição de dois tipos de notícias sobre o mesmo fato. O primeiro inclui a imaginação. A insistente especulação sobre a saída do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, é um exemplo. O segundo tipo se vincula à realidade. Ele continuará no cargo.
Em busca das causas
A dívida pública brasileira é de 5 trilhões e 500 bilhões de reais. O custo anual de juros vai a 360 bilhões. Dinheiro de impostos que precisaria ter outra destinação. A pauta nacional de picuinhas deve ser substituída pelas perguntas sobre tamanho descalabro: como, onde e por que se formou?
Bolso aberto
Uma resposta à pergunta é evidente: gestores abusaram nas despesas. Consagraram o princípio de que o dinheiro público é de todos e, ao mesmo tempo, de ninguém. “Então, gastemos à vontade”, pensaram os irresponsáveis jamais punidos.
Há 35 anos
Em janeiro de 1985, o presidente eleito Tancredo Neves disse, numa entrevista à Imprensa, que assinaria, no dia da posse, decreto com único artigo: “É proibido gastar”. Não chegou a assumir e a mensagem foi esquecida.
Participantes da primeira reunião promovida pelo presidente substituto José Sarney contam que ele repetiu a frase e alguns ministros encararam com desdém. Sem freios, as despesas dispararam e a inflação mensal chegou a 80 por cento.
Fechadura no cofre
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem retomado a linha de Tancredo. Com frequência, diz que “o foco está no controle das despesas”. Alguns resultados começam a ser constatados e que andam na contramão da cultura da gastança.
Descendo
Analistas dos maiores bancos privados do país preveem que a taxa básica de juros será reduzida em 0,25. Ficaria em 4,25 por cento, a menor da história. A reunião do Comitê de Política Monetário se realizará dias 4 e 5 deste mês.
Vão adiante: acreditam que haverá nova queda para 4 por cento em março.
Estão no mundo da lua
Os integrantes da Transparência Internacional, responsável pelo Índice de Percepção de Corrupção, precisam passar por uma ótica e trocar as lentes.
A edição de 2019 marcou o quinto ano seguido em que o Brasil piorou sua posição em relação aos demais países. Parece que Operação Lava Jato, uma das maiores realizadas no mundo, não aconteceu.
Pratos quebrados
O rompimento entre o prefeito Nelson Marchezan e o vice Gustavo Paim faz com que o segundo proclame em seu gabinete: desta cadeira, nenhuma interinidade me contempla.
O que faz uma epidemia
Entre outros produtos, o Brasil exporta para a China petróleo bruto, minério de ferro, soja, milho, carnes (bovina, suína e de frango), açúcar e celulose. Vão sofrer abalos na esteira da desestabilização da economia mundial.
O pior repertório
Do jeito que anda, é fácil concluir: já têm candidatos folheando de A até Z o dicionário da baixa política.