Sexta-feira, 25 de abril de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Aplicativo russo Telegram ganha popularidade no Brasil e preocupa com pornografia infantil, vídeos de tortura, apologia ao nazismo e desinformação sobre vacinas

Compartilhe esta notícia:

O aplicativo russo tem se tornado dor de cabeça para o poder público. (Foto: Reprodução)

“Alguém tem vídeo de incesto aí?”, pergunta uma pessoa. “Tenho, me manda PV (mensagem privada)”, responde a outra. No meio da troca de mensagens, pipocam vídeos pornográficos de menores de idade. Elas não sabem que suas fotos são comercializadas para dezenas de milhares de homens. Esta é a realidade de grupos do Telegram, serviço de mensagens concorrente do WhatsApp e que passa por um boom de popularidade no Brasil.

Sem representação legal no país nem moderação de conteúdo e indiferente às tentativas de contato da Justiça a 12 meses da próxima eleição, o aplicativo russo tem se tornado dor de cabeça para o poder público.

O jornal Extra mergulhou durante três dias no submundo de links secretos da plataforma, mas precisou de poucas horas para conseguir acessar conteúdos como pornografia infantil, vídeos de tortura e execuções, apologia ao nazismo, comércio ilegal e uma rede de desinformação sobre vacinas. Parte desses assuntos circula em grupos secretos, acessíveis a quem encontra ou recebe os links de entrada. Como algumas publicações envolvem crimes, a linguagem é cifrada. Para não serem rastreados, o termo “CP” (“child pornography” – “pornografia infantil”) aparece geralmente simbolizado por emojis, a palavra “vacina” é escrita de ponta-cabeça, e “nazi” aparece com tipografias góticas, por exemplo.

Diferentemente do WhatsApp, no Telegram os grupos podem ser públicos desde que configurados para aparecer na ferramenta de busca do aplicativo. Ambientes secretos podem ser acessados por uma vasta quantidade de entradas ao alcance de todos os usuários, com capacidade para até 200 mil pessoas.

Em grupos de vazamentos de nudes e vídeos pornográficos, é comum que administradores vendam acesso a salas VIP, alimentadas com conteúdo exclusivo. O principal alvo desse esquema é o OnlyFans, plataforma conhecida por hospedar publicações eróticas, de onde o conteúdo das autoras é vazado e comercializado por terceiros. A comunidade de CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) e simpatizantes de armas são outro público assíduo de grupos do Telegram. Em espaços que chegam a dezenas de milhares de pessoas, revólveres, fuzis, munição e acessórios bélicos são comercializados sem regulamentação de órgãos públicos. Há ainda grupos em que os administradores comercializam dados pessoais por meio de programas automatizados. As informações são do jornal Extra.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Supremo decide impor limites a poderes da Agência Brasileira de Inteligência
Ministério Público Federal abre investigação sobre o Conselho Federal de Medicina
https://www.osul.com.br/aplicativo-russo-telegram-ganha-popularidade-no-brasil-e-preocupa-com-pornografia-infantil-videos-de-tortura-apologia-ao-nazismo-e-desinformacao-sobre-vacinas/ Aplicativo russo Telegram ganha popularidade no Brasil e preocupa com pornografia infantil, vídeos de tortura, apologia ao nazismo e desinformação sobre vacinas 2021-10-10
Deixe seu comentário
Pode te interessar