Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) estão na iminência de cometer um erro judicial que depois lamentarão: ratificar o entendimento absurdo de “vínculo empregatício” dos “trabalhadores de aplicativos”, autônomos que receberam do Uber ou iFood a chance de ganhar a vida ou complementar a renda. A tendência do plenário do TST é confirmar decisão da sua 3ª Turma, ao custo de inviabilizar os aplicativos, eliminar 2 milhões de postos de trabalho e prejudicar milhões de usuários.
Tecnologia inclusiva
Aplicativos não empregam motoristas ou motoboys, só os colocam em contato, no horário que escolhem trabalhar, com quem deseja o serviço.
Rua da amargura
Perderão o ganha-pão quase meio milhão de motoboys, que ganham a vida com aplicativos tipo iFood, de entrega de produtos.
Bye, bye, Brasil
A decisão do TST não vai criar e sim eliminar empregos. Pioneiro, o Uber registra hoje prejuízos bilionários e deve ser o primeiro a deixar o Brasil.
Trinta estádios
Os desocupados com a decisão dada como certa no TST equivalem à lotação de quase 30 estádios Mané Garrincha, de 72 mil espectadores.
Fake news rende processo contra Janones
A divulgação de fake News contra adversários do PT deve custar caro, literalmente, ao deputado André Janones. Ele será processado pelo Paraná Pesquisas, único instituto a acertar na mosca o resultado do segundo turno, por difundir nas redes sociais a informação falsa de que aquela empresa teria recebido R$13 milhões da Secom, órgão de comunicação do governo. Para advogados do Paraná, a indenização por dano moral a ser paga por se aproximará do número que ele fantasiou.
Não houve pagamentos
O instituto explica que o contrato previa em sua vigência pesquisas até o limite de R$1,6 milhão. Mas não fez pesquisa, nem recebeu pagamentos.
FSB contratado
A licitação para a realização de pesquisas foi vencida pelo instituto FSB, cujo contrato teve valor superior a R$11 milhões.
Coçando o bolso
Como terá dificuldade de provar o que divulgou, Janones estará sujeito a pagar indenização milionária ao Paraná Pesquisas por dano moral.
Cheque já foi descontado
Armínio Fraga, Pedro Malan e Edmar Bacha produziram um texto cuidadoso, pisando em ovos, para criticar a concepção anacrônica de Lula sobre teto de gastos e equilíbrio fiscal. Deveriam ter checado isso antes de entregarem um cheque em branco ao então candidato.
Ressurgimento
Após transitar no PRB, MDB e no PL, Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes do primeiro governo Lula, filiou-se ao PCdoB e ganhou uma das 300 vagas no Governo Paralelo. Capaz de virar ministros de novo.
Não dê ideia…
Um forte boato em Brasília, na sexta (18), acabou esvaziado por flertar com o bizarro: a ex-presidente Dilma Rousseff seria a ministra da Defesa do futuro governo Lula. Acabou perdendo força e virando piada.
Busca por investimentos
O Itamaraty, o BNDES, a ApexBrasil e bolsa (B3) farão a segunda edição do “Workshop de Atração de Investimentos”, a partir desta segunda (21) e até o dia 2. A iniciativa capacita diplomatas brasileiros, que atuam em 121 cidades, mundo afora, a atrair investimentos sustentáveis ao Brasil.
Referendo desrespeitado
São pobres os argumentos do senador eleito Flávio Dino para sugerir o “revogaço” de decretos que regulamentam o direito ao porte de arma. Desculpas requentadas para continuar ignorando o referendo de 2005.
Papo furado
Indagado sobre críticas às declarações desanimadoras sobre economia e mercado, Lula lorotou: “Sou um cara humilde, gosto de conselhos”. Ele não conhece humildade, tampouco tem paciência para ouvir conselhos.
Não é só bajulação
O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, matou no peito a iniciativa da Assembleia Legislativa de aumentar seu salário: “Precisamos pensar sobre isso com responsabilidade”. É que o salário do governador serve de parâmetro para várias categorias do funcionalismo.
Qualidade de vida
Brasileiros que foram à Copa do Mundo estão impressionados com a qualidade de vida no Catar. Faz calor, do tipo abafado, mas há ar-condicionado em paradas de ônibus e até na rua, a céu aberto, claro.
Pergunta na largada
Já podemos começar a contar os 100 primeiros dias de governo Lula?
PODER SEM PUDOR
Ministro sem-tênis
O ministro das Relações Exteriores do governo FHC, Celso Láfer, inaugurou o vexame de tirar os sapatos ao desembarcar em Washington durante visita oficial, conforme esta coluna revelou na época com exclusividade, em 2001. Mas não foi a única autoridade brasileira a sofrer a humilhação. O ex-ministro Pratini de Morais (Agricultura) foi outro. Um amigo conferiu se ele havia mesmo retirado os sapatos, como Láfer. Pratini corrigiu, com o bom humor possível: “Não, meu caro, eu estava calçando tênis…”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos