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| Apoiadores de Bolsonaro demonstraram alinhamento de discursos em grupos de mensagens no WhatAspp e Telegram, em meio ao julgamento do ex-presidente pelo Supremo

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A cada 100 mil conteúdos disparados na terça-feira nos grupos bolsonaristas, cerca de 200 continham os termos “julgamento” e “Bolsonaro”. (Foto: Divulgação)

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstraram um alinhamento dos discursos em grupos de mensagens no WhatsApp e Telegram, em meio ao julgamento dele no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Um levantamento da empresa de tecnologia Palver, que monitora mais de 100 mil comunidades públicas nos dois aplicativos frequentadas por simpatizantes da direita no Brasil, aponta que teses como a de processo judicial enviesado e perseguição política foram repetidas de modo unificado e em alta velocidade nos últimos dias.

Segundo relatório da Palver concluído na quarta-feira (26) – dia em que a Primeira Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia contra Bolsonaro e outros sete investigados, tornando-os réus -, o pico de mensagens com referências ao julgamento, num período de 90 dias, foi atingido no dia anterior, quando os ministros começaram a analisar se abririam a ação penal.

A cada 100 mil conteúdos disparados na terça-feira nos grupos bolsonaristas, cerca de 200 continham os termos “julgamento” e “Bolsonaro”. A média nas semanas anteriores, em igual amostra, tinha sido de 100 a cada 100 mil. A empresa usa algoritmos e sistemas de inteligência para fazer o acompanhamento, o que permite, por exemplo, identificar conteúdos automatizados, ou seja, que não partem de ação humana.

Perseguição e críticas a Moraes

As principais narrativas detectadas são as de parcialidade do STF, ausência de provas que incriminem Bolsonaro, violação do direito de defesa e perseguição política.

O diretor de estratégias da Palver, Luis Fakhouri, diz que o cenário persistia nesta quinta-feira (27). Segundo ele, um ingrediente novo que apareceu foram críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, por ter exibido no julgamento um vídeo com cenas de destruição dos atos de 8 de janeiro de 2023.

A iniciativa surpreendeu os advogados de defesa, que já vinham reclamando da falta de acesso às provas citadas nos autos. Especialistas em direito avaliam que todos os materiais usados no julgamento devem ser disponibilizados para as partes.

Zanin, Dino e outras mensagens compartilhadas

Uma das temáticas recorrentes nas mensagens, de acordo com a Palver, foi a crítica à participação dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento. O argumento usado é que os magistrados têm ligação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deveriam ser impedidos de apreciar a ação por causa de conflito de interesses.

O Supremo já avaliou a situação e decidiu mantê-los no caso. Sobre Moraes, a principal afirmação é a de que ele acumularia “os papéis de relator, investigador, vítima e juiz”, o que comprometeria a imparcialidade. Essa alegação também já foi afastada pela corte, que decidiu por mantê-lo à frente dos trabalhos. O ministro também é citado nas mensagens por suposta manipulação de provas, como vídeos e imagens dos ataques de 8 de janeiro. Não há até o momento, contudo, indícios de qualquer adulteração.

Entre os materiais mais difundidos nos grupos, de acordo com a Palver, estão trechos das sustentações orais dos advogados de defesa de Bolsonaro e de outros réus. Vídeos em que Celso Vilardi, defensor do ex-presidente, e José Luis Oliveira Lima, do general Walter Braga Netto, queixam-se do acesso parcial às provas aparecem entre os conteúdos encaminhados com frequência. Esse ponto é explorado pelos bolsonaristas porque pode ser usado para afirmar que ocorre cerceamento de defesa, prejudicando o devido processo legal.

Participantes dos grupos de mensagens também traçaram paralelos com situações internacionais. A ida de Bolsonaro à sessão do STF foi comparada à presença de Donald Trump, hoje presidente dos Estados Unidos, em tribunais durante as ações que enfrentou antes de retornar ao governo americano. Nas mensagens, é dito que o ex-presidente lançou mão de uma estratégia política ao encarar os ministros e que o intuito dele, assim como Trump, foi constranger os julgadores e explicitar que estaria em curso um “julgamento espetáculo”. As informações são do portal Valor Econômico.

 

 

 

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