Dentro do MDB nacional, o maior desafio atual será descobrir uma saída para desembarcar da pré-candidatura da senadora Simone Tebet à presidência da República sem causar maiores danos políticos. Com percentuais que não chegam a 2%, o apoio à senadora fez o PSDB aumentar a conta para apoiá-la, depois de descartar o ex-governador João Dória, que rumava para os 6%. A forma elegante encontrada pelo PSDB para desistir de Simone Tebet será impor exigências inaceitáveis ao MDB, como a retirada de candidaturas emedebistas em diversos estados e apoio incondicional a candidatos tucanos.
Bancada federal com Jair Bolsonaro
Na bancada federal do MDB, uma pesquisa sinaliza o baixo grau de confiança na candidatura própria: 70% dos deputados federais preferem apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Os restantes 30% se dividem entre apoios ao ex-presidiário Lula, a Simone Tebet e indecisos.
Osmar Terra: “O MDB não pode se tornar um puxadinho do PSDB”
O deputado federal Osmar Terra é claro: “temos de nos preocupar em estar do lado de quem vai trazer o progresso para o Brasil, que é o Jair Bolsonaro. Eu não imagino que o MDB apoie uma pessoa que já foi condenada várias vezes por corrupção. E a senadora Simone Tebet é uma pessoa honrada, mas é uma candidata inviável. E agora vem ao Rio Grande do Sul tentar fazer um acordo com o PSDB gaúcho, imposto pelo PSDB nacional, para inviabilizar a candidatura ao governo do estado, do MDB, para apoiar a candidatura de Eduardo Leite. Logo o Eduardo Leite, um governador fraco, errático, que só conseguiu sobreviver politicamente porque o presidente Bolsonaro botou bilhões de reais no Rio Grande do Sul, senão ele não teria sequer conseguido pagar a folha dos servidores em dia. Estão querendo nos colocar de joelhos diante do PSDB do Rio Grande do Sul para viabilizar uma candidatura que não existe em nível nacional. É um abraço de afogados! O MDB do Rio Grande do Sul não pode se tornar um puxadinho do PSDB”.
Tarefas dos caciques do MDB
No Rio Grande do Sul, caciques do MDB priorizam duas tarefas: tentar atrair o ex-governador José Ivo Sartori para a disputa ao Senado, como forma de fortalecer a chapa majoritária, que tem como pré-candidato a governador, o deputado estadual Gabriel Souza.
A segunda tarefa, mais difícil, será juntar os cacos dos atritos entre o deputado federal Alceu Moreira e Gabriel Souza e as alas que os apoiam. Na semana passada, Souza agendou, em Campo Bom, um evento no mesmo dia e horário da homenagem ao aniversário de Alceu Moreira, após receber sinais claros de que não seria bem vindo à comemoração do aniversariante em Esteio.
Ministério da Defesa prepara novo documento sobre sistema eleitoral
O Ministério da Defesa deverá protocolar no Tribunal Superior Eleitoral novo estudo. Será uma tréplica às acusações de erros técnicos na análise das Forças Armadas sobre o sistema de voto de 2022. O documento, elaborado pela inteligência das Forças Armadas, será subscrito pelo ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, trabalho coordenado pelo general Heber Garcia Portella, que dirigiu o Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), e que menciona possíveis fragilidades nas urnas eletrônicas.
Analistas preveem queda de 8% no PIB gaúcho
Em crise este ano, a economia gaúcha dá claro sinais de que sente os efeitos residuais do “fecha tudo e fica em casa. A economia a gente vê depois”, que dizimou milhares de empresas e matou outras dezenas de milhares de empregos graças à estratégia equivocada do governo do Rio Grande do Sul no enfrentamento à pandemia. Um indicador importante mostra esse quadro de crise: a arrecadação gaúcha do ICMS alcançou o valor R$ 3,7 bilhões no mês de maio, mostrando uma queda real (ajustados os valores pelo IPCA) de 6,8%. Este ano, a queda real já acumula 4,1% . As estimativas indicam que o futuro governo vai herdar uma queda de 8% no PIB gaúcho.
Germano Rigotto nos conselhos da FIESP e da FecomércioSP
O ex-governador Germano Rigotto foi designado pelo presidente da FIESP (Federação das Industrias de São Paulo) para ser membro do “Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política da Federação de Indústrias de São Paulo. Rigotto já é membro do Conselho Político e Social da Federação de Comércio de São Paulo.