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Após 212 dias, Lula enfim recebe irmã de Marielle

O presidente Lula (PT) deixou para o oitavo mês de governo o encontro com Anielle Franco, sua ministra da Igualdade Racial e irmã do símbolo esquerdista Marielle Franco. Anielle foi última ministra a ser recebida pelo petista para reunião privada, entre os 37 chefes da Esplanada. O encontro reservado com o presidente da República é sinal de prestígio na Praça dos Três Poderes. A ausência pode demonstrar o contrário.

Padrão?

Até o final de julho, apenas as ministras Simone Tebet (Planejamento) e Anielle Franco não haviam realizado encontros privados com Lula.

Prestígio

Antes mesmo de tomar posse, o novo ministro do Turismo, Celso Sabino, teve reunião reservada com o chefe, dia 25 de julho.

Casulo

Cerca de um terço dos 37 ministros se encontrou com Lula apenas uma vez. Encontros múltiplos são apenas para ministros palacianos.

Prioridades

Quase nenhum ministro tem o prestígio do presidente da Argentina, Alberto Fernández, que se encontrou com Lula cinco vezes.

Acenos ao Planalto racham bancada evangélica

O clima entre parlamentares conservadores e “progressistas” da bancada evangélica da Câmara dos Deputados anda azedo. Os eleitos sob a bandeira do bolsonarismo em 2022 reclamam da proximidade dos deputados do Republicanos e PSD com o governo do petista Lula, que articula para cooptar partidos do centro, fundamentais para votações no Congresso. Os deputados Cezinha de Madureira (PSD-SP) e Silas Câmara (Rep-AM) têm sido alvos de críticas dos colegas da “frente”.

Sinal claro

Três ministros de Lula foram à posse de Silas como coordenador da frente, quinta (3). Silas também já defendeu urgência do PL da Censura.

Péssima ideia

Madureira é apontado como responsável por levar o ministro Jorge Messias (AGU) à Marcha para Jesus. O “Bessias” acabou vaiado.

Aproximação gradual

A aprovação da MP dos Ministérios de Lula foi atribuída a um esforço de membros lulistas da bancada evangélica.

Copo d’água

O clima seco em Brasília impulsionou o consumo de água no Supremo Tribunal Federal, que bateu o recorde do ano em junho. Foram 2.889 m³ de água. A fatura também foi alta: R$90,8 mil no mês.

Presença famosa

Além de diversas autoridades dos Três Poderes, a posse de Celso Sabino como ministro do Turismo contou com a presença de Fafá de Belém, que cantou o Hino Nacional. A artista é amiga do novo ministro.

Posse disputada

A segurança no STF foi reforçada para a posse de Cristiano Zanin e envolveu até a Polícia Legislativa. Até o cachorro Jethro, que cobre o Congresso, circulou entre convidados e imprensa atrás de explosivos.

Master credibilidade

Enquanto o Brasil faz vergonha, soltando traficantes e favorecendo bandido flagrado com droga na prisão, em Portugal a Mastercard dá exemplo e recusa o uso de seus cartões na compra de drogas.

Sabedoria popular

Sobre o silêncio do Congresso Nacional acerca da interferência do STF no Legislativo, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) disparou: “minha avó já dizia, quem muito se abaixa, o fundo aparece”.

Partida cara

Enrolada em uma disputa com o PSB, a senadora Leila Barros (PDT-DF) teve o carro penhorado pela Justiça nesta quinta (3). A dívida passa dos R$100 mil. A parlamentar informou à coluna que vai recorrer da decisão.

Agora, liberdade

Governistas espernearam e evitaram, por ora, a ida do Adriano Machado à CPMI do 8 de Janeiro, Testemunho do fotógrafo flagrado por câmeras de segurança dentro do Palácio do Planalto, durante a quebradeira, “ameaça a liberdade de imprensa”, dizem lulistas.

Segredo de túmulo

Ex-líder do grupo, José Rainha surpreendeu os presentes ao se negar a revelar à CPI do MST o motivo pelo qual rompeu com o movimento: “Levarei para o cemitério”, avisou peremptoriamente.

Pensando bem…

…todo mundo já está de olho na próxima vaga.

PODER SEM PUDOR

Ateu, graças a Deus

Quando se vê no aperto, o ex-deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), materialista convicto, recorre a Deus. Foi assim quando rezou a bordo de um jatinho em pane em pleno voo, com o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE) como testemunha. Certa vez, quando Inocêncio Oliveira (PL-PE) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) ameaçavam trocar sopapos no Plenário, ouviu-se a voz conciliadora do então presidente da Câmara, ao microfone: “Pelo amor de Deus, senhores, parem com isso!…”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos.

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