Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2015
A ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu afirmou que a sentença que a absolveu de responsabilidade no acidente da TAM ocorrido em 2007, em Congonhas, em São Paulo, no qual 199 pessoas morreram, comprova a “independência” de juízes de carreira frente a “pressões políticas e econômicas”.
“Agora vou consultar o escritório que me defende sobre a possibilidade de pedir ressarcimento ao governo federal por danos morais praticados por assassinato de reputação. Seria inovador um pedido de ressarcimento de dano moral em um caso em que utilizaram argumentos dos mais baixos e mentirosos para assassinar a reputação de uma servidora pública”, afirmou Denise.
“Só posso dizer que a gente fica feliz em saber que a justiça foi feita. Me parece absolutamente coerente a conclusão de que uma advogada não pode ser responsabilizada por um acidente aéreo”, destacou Roberto Podval, defensor de Denise.
O Ministério Público Federal havia pedido, em abril do ano passado, até 24 anos de prisão para Denise e o outro diretor da TAM Marco Aurélio Miranda por “expor a perigo embarcação ou aeronave” e por contribuir para as mortes das vítimas no acidente.
O órgão entendeu que ambos assumiram o risco de expor a perigo as aeronaves que operavam em Congonhas, em São Paulo. A Procuradoria pediu a absolvição de Alberto Fajerman, também inicialmente acusado, por falta de provas. (AE)