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Mundo Após anúncio de saída dos Estados Unidos, Organização Mundial da Saúde cortará em 20% o seu orçamento

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Trump também congelou a ajuda externa, afetando programas de assistência sanitária global. (Foto: The White House)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está se preparando para uma redução significativa em seu orçamento, com previsão de cortar 20% dos recursos disponíveis a partir de 2025, após a decisão de seu principal doador, os Estados Unidos, de se retirar do financiamento da agência. O corte afetará tanto as missões quanto o pessoal da organização, conforme indicou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um e-mail enviado na última sexta-feira (28) aos funcionários da agência, e ao qual a AFP teve acesso nesse sábado (29).

A OMS enfrentará uma perda de receitas de US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 3,4 bilhões) em 2025, e, segundo Tedros, “não há outra opção” a não ser implementar cortes significativos para lidar com a queda nas receitas. O impacto dessa redução será substancial, afetando diversos projetos e atividades essenciais realizadas pela organização mundial. O diretor-geral explicou que, diante dessa perda de financiamento, a organização terá que tomar medidas difíceis para garantir sua continuidade.

O corte do orçamento está diretamente relacionado à decisão dos Estados Unidos, que, desde a volta de Donald Trump à Casa Branca, anunciaram sua retirada da OMS e decidiram congelar a ajuda internacional, incluindo a contribuição destinada a programas de saúde global. Trump justificou essa decisão alegando discrepâncias nas contribuições financeiras entre os EUA e a China, além de acusar a OMS de “fraudar” o país durante a gestão da pandemia de covid-19.

Os Estados Unidos sempre foram o maior doador da OMS, com uma contribuição expressiva que, no ciclo orçamentário bianual de 2022-2023, chegou a US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 7,49 bilhões). Isso representou aproximadamente 16,3% do orçamento total da organização, que era de US$ 7,89 bilhões (R$ 45,4 bilhões). O corte dessa contribuição foi um golpe severo para a OMS, que já enfrentava desafios financeiros, além da crescente pressão de outros países, como a China, que também busca maior influência na organização.

Em seu e-mail, Tedros fez referência a outros fatores que agravam a situação financeira da OMS, dizendo: “O anúncio dos Estados Unidos, combinado com reduções recentes da ajuda pública ao desenvolvimento de alguns países para financiar o aumento do gasto em defesa, fez com que nossa situação seja muito mais crítica”. Além disso, ele explicou que o Conselho Executivo da OMS já havia revisado o orçamento para 2026-2027, reduzindo o valor proposto de US$ 5,3 bilhões (R$ 30,5 bilhões) para US$ 4,9 bilhões (R$ 28,25 bilhões), mas que as perspectivas de ajuda ao desenvolvimento se deterioraram ainda mais desde então.

Como consequência dessa grave situação financeira, a OMS propôs aos Estados-membros um orçamento ainda mais reduzido, de US$ 4,2 bilhões (R$ 24,21 bilhões), o que representa uma queda de 21% em relação ao orçamento inicialmente proposto. Tedros destacou que a maior parte do financiamento americano vinha de contribuições voluntárias, destinadas a projetos específicos, o que intensificou a dependência da OMS desses recursos para a execução de suas ações em diversas partes do mundo.

“Essas medidas serão aplicadas primeiramente na sede, começando pelos altos dirigentes, mas afetarão todos os níveis e todas as regiões”, concluiu Tedros em sua mensagem aos funcionários, sinalizando que os cortes serão amplamente distribuídos pela organização, o que pode impactar severamente a execução de muitas de suas atividades.

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https://www.osul.com.br/apos-anuncio-de-saida-dos-estados-unidos-organizacao-mundial-da-saude-cortara-em-20-o-seu-orcamento/ Após anúncio de saída dos Estados Unidos, Organização Mundial da Saúde cortará em 20% o seu orçamento 2025-03-29
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