Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de janeiro de 2017
Depois da pressão para a queda nos juros do cartão de crédito, com a imposição de prazo máximo para que um cliente fique no rotativo, o governo agora cobra dos bancos a redução das taxas do cheque especial.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) montou um grupo de trabalho para buscar alternativas que possam diminuir o custo da linha, hoje em 328,6% ao ano. Ela é a segunda mais cara do sistema financeiro, atrás apenas do rotativo, que custa 484,6% ao ano.
Até então, bancos não discutiam medidas para reduzir o juro do cheque especial. De forma sigilosa, a Febraban tenta buscar uma alternativa que não afete a rentabilidade de seus associados. Um modelo parecido com o adotado no cartão de crédito, que obriga o consumidor endividado a buscar uma linha mais barata e a parcelar a dívida, deve ser descartado.
Os bancos ganham dinheiro com o spread (que é a diferença de taxas que pagam em relação ao que cobram nos empréstimos), e créditos como o cheque especial geram ganhos elevados mesmo que as instituições tenham que separar mais dinheiro para cobrir eventuais calotes.
A inadimplência no cheque especial alcança 17%, ante 6% de todos os empréstimos para pessoa física. (Folhapress)