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Após assalto a carro-forte, transporte de dinheiro no aeroporto de Caxias do Sul terá que ser avisado antecipadamente às autoridades de segurança

Ataque cometido na quinta-fieira deixou saldo de dois mortos, incluindo um policial. (Foto: Reprodução)

Depois do assalto de quarta-feira (18) a um carro-forte no aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul (Serra Gaúcha), a unidade exigirá que transportes de dinheiro no local sejam comunicados com antecedência às forças de segurança pública. A medida foi comunicada pela Secretaria de Trânsito da Cidade, que administra a o terminal.

No incidente, era transportada uma carga de R$ 30 milhões procedente de um banco privado de Curitiba(PR), sob esquema especial. A Brigada Militar (BM), porém, reclamou do fato de não ter sido avisada da operação.

Conforme o secretário local de Trânsito, Alfonso Willembring (que responde pela administração do aeroporto), não será adotado um protocolo pré-definido para operações do tipo. Os pousos e decolagens de qualquer aeronave no aeroporto terão agendamento junto à direção do terminal.

O procedimento a ser adotado inclui um pedido à transportadora sobre detalhes da carga e de como será a entrega. Com isso, serão informados os órgãos de segurança. A logística poderá variar caso a caso, conforme o que será entregue. Willembring ressalta:

“Isso que ocorreu não pode se repetir. O que é necessário para entregar malotes no Banco do Brasil ou no aeroporto? São operações diferentes. No aeroporto, esse tipo de carga está dentro de um aparelho público e temos que tomar alguma medida. A partir de hoje, essas operações não serão realizadas sem o conhecimento das forças de segurança”.

Ainda de acordo com ele, o terminal permanece à disposição para receber aeronaves que transportam valores. No entanto, se as empresas não informarem antecipadamente como planejam realizar o desembarque da carga, a operação poderá ser recusada.

Ataque

A ação de quarta terminou com a morte do 2º sargento da BM, Fabiano Oliveira, de 47 anos, e de um dos criminosos. O grupo conseguiu fugir com cerca de metade do valor transportado, utilizando falsa viatura da Polícia Federal (PF). Houve confronto armado.

Morreram no tiroteio um dos criminosos e o segundo-sargento da Brigada Militar Fabiano Oliveira, atingido por um tiro no tórax. Com 47 anos, esposa e filho, ele ingressou na corporação em dezembro de 1997 e atuava na Força Tática do 12° Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Caxias do Sul.

(Marcello Campos)

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