Domingo, 09 de março de 2025
Por Redação O Sul | 20 de outubro de 2022
Prefeito de Kiev pediu para que a população economize o máximo possível em iluminação e publicidade
A Ucrânia impôs restrições ao consumo de luz para tentar economizar energia elétrica depois que quase 30% das usinas de energia foram destruídas em ataques de mísseis ou drones das forças russas. As medidas foram anunciadas nesta quinta-feira (20). O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, pediu para que a população, as empresas e os negócios economizem o máximo possível em iluminação e publicidade.
“Mesmo pequenas economias de cada família vão ajudar a estabilizar o sistema de energia do país”, disse ele. Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, é bombardeada há meses. A operadora do metrô anunciou que vai aumentar os intervalos entre os trens para economizar eletricidade.
Chegada do inverno
Após uma reunião com as empresas de energia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que estão preparando todos os cenários possíveis para o inverno e trabalhando na criação de pontos móveis de fornecimento de energia para infraestrutura crítica.
Drones iranianos
Para combater a contraofensiva ucraniana no sul e no leste, a Rússia lançou, na semana passada, uma campanha de bombardeio contra infraestruturas. De acordo com os ucranianos e seus aliados, para isso têm sido empregados drones fabricados pelo Irã.
A Rússia e o Irã negam o uso desses drones, mas a União Europeia impôs, nesta quinta-feira, sanções a três generais iranianos e uma empresa acusada de fornecer essas armas. O Reino Unido aderiu a estas medidas.
A Ucrânia comemorou a resposta rápida do bloco. Os russos por outro lado, acusaram os países ocidentais de quererem pressionar o Irã.
Deportação em massa
O presidente russo, Vladimir Putin, impôs na quarta-feira a lei marcial nos quatro territórios ucranianos anexados pela Rússia: Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson. Assim, autoridades russas podem reforçar o poder dos militares nessas áreas, impor toques de recolher, limitar o deslocamento e proibir as concentrações públicas.
Em uma das áreas anexadas, Kherson, autoridades pró-Rússia ordenaram a evacuação da região diante da pressão da contraofensiva ucraniana. Nesta quinta-feira, cerca de 15 mil pessoas foram levadas para a outra margem do rio Dnieper, que contorna a cidade de Kherson, capital da região de mesmo nome.
“Acredite em mim, tudo vai ficar bem. A região de Kherson está agora para sempre liberta do nazismo”, disse Kiril Stremeusov, o governante pró-Rússia que foi colocado no poder. Ele disse que as regiões de Dnipro, Odessa e Mikolaiv seriam libertadas “em breve”.
No total, as autoridades de ocupação planejaram a retiradas de 60 mil civis em Kherson nos próximos dias.