Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de julho de 2024
A associação entre a tentativa de assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, candidato do Partido Republicano à Casa Branca, há exatamente uma semana, e o atentado sofrido por Jair Bolsonaro em 2018 tem sido explorada pelo ex-ocupante do Palácio do Planalto e apoiadores. A estratégia veio à tona no ato em que contou com a presença de Bolsonaro e seu pré-candidato à Prefeitura do Rio, Alexandre Ramagem (PL), na Zona Norte da cidade na última quinta-feira (18).
O brasileiro reagiu logo após os primeiros relatos do tiroteio, no sábado (13), quando a própria condição exata dos ferimentos de Trump era desconhecida. “Nossa solidariedade ao maior líder mundial do momento. Esperamos sua pronta recuperação. Nos veremos na posse”, escreveu, apostando na vitória do republicano.
Poucas horas após o ataque contra Trump, se disseminou nas redes o paralelo entre o atentado a tiros contra o americano durante um comício no estado da Pensilvânia e a facada sofrida por Bolsonaro em setembro de 2018, a pouco menos de um mês do primeiro turno da eleição presidencial. Mas, na quinta, a associação ganhou também as ruas.
Duas horas e meia antes da chegada de Bolsonaro ao comício pré-eleitoral na Praça Saens Peña, na Tijuca, uma faixa fixada sobre um ponto de ônibus bem ao lado do trio elétrico a partir do qual o ex-presidente discursaria questionava: “Quem mandou matar Bolsonaro?”.
O questionamento evoca teorias alimentadas por bolsonaristas de que Adélio Bispo, autor da tentativa de assassinato do então candidato do PSL à presidência, não agiu sozinho – embora a Polícia Federal tenha concluído no mês passado, pela segunda vez, que Bispo não contou com o suporte de terceiros.
Pouco após iniciar seu discurso para a militância no Rio na última quinta, Bolsonaro aludiu ao episódio ao comentar o ataque contra Trump, seu mais importante aliado entre lideranças estrangeiras.
“Só quem é conservador é de direita é atacado. Tentaram matar Donald Trump há poucos dias no Brasil. Um milagre lá e outro aqui”, declarou o ex-presidente, em referência à sua própria sobrevivência após a facada em 2018.
Trump, que atualmente lidera várias pesquisas da eleição presidencial dos EUA, levou um tiro de raspão na orelha direita durante um comício na cidade americana de Butler.