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Mundo Após atentado contra Donald Trump, esquerda dos Estados Unidos abusa de teorias da conspiração nas redes sociais

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Pesquisadores que rastreiam conspirações on-line dizem que os liberais estão gerando cada vez mais explosões de desinformação semelhantes às do QAnon. (Foto: Reprodução)

Minutos após o atentado contra Donald Trump em um comício em Butler, Pensilvânia, no sábado (13), parte da esquerda americana começou a inundar as plataformas de mídia social com teorias da conspiração.

Eles alegaram que o sangue na orelha do ex-presidente Donald Trump era de um pacote de gel usado no teatro; que o ataque a tiros foi uma simulação, talvez coordenada pelo Serviço Secreto em colaboração com a campanha de Trump; que a cena de um Trump ensanguentado erguendo o punho sob uma bandeira americana foi “#encenada”.

“Quando o Serviço Secreto começou a permitir que o Presidente, sob coação, lhes dissesse ‘esperem’ e depois se levantasse para ser visto pela multidão erguendo o punho cerrado?”, postou um usuário no X. “Você pode me culpar por achar que isso é falso?”.

O atentado impulsionou um fenômeno chamado “BlueAnon” – uma brincadeira com a teoria da conspiração de direita QAnon – que se refere às teorias da conspiração liberais on-line. À medida que mais americanos perdem a confiança nas instituições tradicionais e recorrem a comentaristas e influenciadores partidários para obter informações, os especialistas dizem que estão observando um aumento na fabricação e disseminação das teorias da conspiração BlueAnon, um sinal de que a distorção da realidade é um fenômeno que vai muito além da direita.

“O paradigma do bem contra o mal da QAnon realmente tomou conta do movimento anti-Trump e estamos vendo dois lados que sentem que estão travando uma batalha entre o bem e o mal”, disse Mike Rothschild, autor de The Storm Is Upon Us: How QAnon Became a Movement, Cult and Conspiracy Theory of Everything. “Ela vem dos principais influenciadores da ‘resistência’ liberal e de esquerda que acreditam que Trump é tão desonesto que forjaria sua própria tentativa de assassinato para ajudar sua campanha”.

Essa teoria foi reforçada por pelo menos um democrata influente: Dmitri Mehlhorn, conselheiro político do doador democrata Reid Hoffman, incentivou seus apoiadores em um e-mail no final do sábado a considerar a “possibilidade – que parece horrível, estranha e absurda nos Estados Unidos, mas é bastante comum em todo o mundo – (…) de que esse ataque tenha sido incentivado e talvez até encenado para que Trump pudesse obter as fotos e se beneficiar da repercussão negativa”.

Ele acrescentou: “NENHUM JORNAL OU LÍDER NOS ESTADOS UNIODOS ESTÁ DISPOSTO A CONSIDERAR ABERTAMENTE A POSSIBILIDADE DE QUE TRUMP E PUTIN ESTIMULAM ISSO DE PROPÓSITO. Façam a pergunta, pessoal”.

No domingo (14), Mehlhorn pediu desculpas, dizendo que agora se arrepende do e-mail e que “o redigiu e enviou sem consultar membros da equipe ou aliados”. Em um texto enviado ao The Washington Post, Mehlhorn escreveu: “Devemos nos unir para condenar essa violência em todos os casos, sem reservas. Qualquer outro tópico é uma distração”.

Embora as alegações da BlueAnon não tenham nenhuma semelhança com os elementos mais sinistros da QAnon – que envolvem falsas alegações de adoração a Satanás e pedofilia entre as elites liberais – elas ecoam a teoria da QAnon de que uma cabala secreta do Estado profundo está trabalhando para derrubar Trump. (A conspiração QAnon tem sido repetidamente desmascarada, mas muitos adeptos participaram do ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021).

No mundo BlueAnon, forças obscuras, incluindo a grande mídia, estão trabalhando para destruir a candidatura do presidente Joe Biden e levar Trump de volta ao poder em 5 de novembro. Karl Folk, pesquisador que estuda autoritarismo e radicalização na Augsburg University, em Minneapolis, disse que essa “mentalidade mais conspiratória se tornou mais pronunciada nos círculos liberais nos últimos oito meses”.

Inicialmente cunhado por usuários conservadores de mídias sociais em 2021 para zombar da cobertura de notícias que consideravam exagerada, como a investigação sobre a interferência da Rússia nas eleições de 2016, o termo “BlueAnon” tem sido usado desde então por pessoas de todo o espectro político para descrever conspirações particularmente bizarras e negacionismo dos apoiadores de Biden.

O termo ganhou novo significado e proeminência no mês passado, depois que o desempenho desastroso de Biden durante um debate no horário nobre com Trump na CNN desencadeou uma batalha sobre a aptidão de Biden para o cargo, incluindo apelos de muitos democratas para que o presidente de 81 anos se afastasse.

Usuários de mídias sociais com histórico de apoio a Biden alegaram falsamente que o presidente havia sido secretamente drogado antes do debate.

Eles lançaram a teoria da conspiração de que o ator George Clooney, um fervoroso apoiador de Biden, escreveu um artigo de opinião no The New York Times pedindo que o presidente desistisse da disputa como parte de um elaborado plano de vingança inspirado pelo apoio de Biden a Israel na guerra de Gaza. E alegaram, sem evidências, que a ABC News adulterou o áudio de Biden para fazê-lo parecer doente durante uma entrevista com George Stephanopoulos que foi ao ar no horário nobre em 5 de julho – uma entrevista que a Casa Branca esperava que restauraria a fé no vigor de Biden.

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