Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2024
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, os ex-assessores da Presidência da República, Filipe Martins e Marcelo Câmara e o militar Rafael Martins seguem na cadeia após a realização de audiências de custódia nesta sexta-feira (9).
Os quatro foram presos preventivamente na quinta-feira (8) durante a operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que investiga a tentativa de dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva.
“Apesar de estar submetido a uma prisão ilegal, desprovida dos requisitos básicos para a imposição da prisão preventiva, e após uma audiência de custódia realizada em desconformidade com os prazos estabelecidos pela legislação, o Sr. Filipe Garcia Martins Pereira continua privado de sua liberdade”, disseram os advogados de Martins em nota.
A defesa de Marcelo Câmara disse que vai pedir a soltura dele após análise dos atos. Já o advogado de Valdemar Costa Neto não quis se manifestar.
Quatro alvos
Moraes havia determinado a prisão de quatro alvos da operação. Três foram presos durante a operação: Filipe Martins, ex-assessor da Presidência da República; Rafael Martins, tenente-coronel das Forças Especiais do Exército; e Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor da Presidência.
O quarto alvo, o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, estava nos Estados Unidos em missão. Segundo o Exército, tão logo foi publicada a decisão judicial, foram tomadas as providências para retorno do militar ao Brasil”.
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, também acabou preso durante a operação. Costa Neto era alvo apenas de mandado de busca e apreensão, mas a Polícia Federal o prendeu ao encontrar com ele uma arma de fogo ilegal e uma pepita de ouro oriunda de garimpo.
Segundo a PF, Valdemar é investigado por participar de uma investida golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Ele também é apontado como um dos principais entusiastas de questionamentos feitos ao sistema eleitoral após as eleições de 2022.
Advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten classificou como “vergonhosa” a manutenção da prisão do dirigente do PL. “A não soltura do Presidente Valdemar nesse momento só escancara ainda mais o momento que o Brasil vive. Minha solidariedade à ele, bem como à sua esposa e familiares”, escreveu ele nas redes sociais. Procurado, o advogado de Valdemar, Marcelo Bessa, não quis se pronunciar.
Esta é a segunda vez que Valdemar foi preso. No escândalo do mensalão, depois de renunciar ao mandato na Câmara dos Deputados em 2005, o político foi condenado pelo STF a sete anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em dezembro de 2013. No entanto, ele ganhou o direito à prisão domiciliar 11 meses depois. As informações são do portal de notícias G1 e do jornal O Globo.