Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de outubro de 2017
Nesta quarta (25), após mais de 12 horas de sessão, a Câmara rejeitou o envio ao STF (Supremo Tribunal Federal) da segunda denúncia. O placar teve 251 votos favoráveis ao presidente, 233 contrários, duas abstenções e 25 ausências.
A decisão permite que Temer só responda à acusação do Ministério Público após o término do mandato presidencial, em 31 de dezembro de 2018.
O trabalho venceu a recessão. Meu compromisso é fazer nosso País cada vez maior e melhor. Os resultados já são visíveis. Assista! pic.twitter.com/dVxhPGpMre
— Michel Temer (@MichelTemer) October 26, 2017
“Quero até aproveitar para agradecer às deputadas e aos deputados que na votação de ontem [quarta] reafirmaram o compromisso comigo e com o nosso governo”
Temer foi denunciado em setembro pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. Também foram acusados no mesmo caso, por organização criminosa, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral).
Os 251 votos ficaram aquém da previsão do governo, que estimava entre 260 e 270 votos favoráveis. Na primeira denúncia que a Câmara barrou, por corrupção passiva, Temer obteve 263 votos e teve 227 contra.
No vídeo divulgado nesta quinta, o presidente afirmou que as instituições do País foram “testadas de forma dramática nos últimos meses” e que chegou o momento de “ter foco no que interessa ao nosso povo”.
No pronunciamento para a internet, Temer voltou a repetir dados da economia, como a queda da inflação e da taxa de juros. Ele reforçou o discurso de que a recessão ficou para atrás, com recuperação do poder de compra dos trabalhadores e manutenção dos programas sociais.
“Essa é a maior obra de meu governo. Com a melhora da economia, estamos reencontrando os empregos, os investimentos estão voltando, o consumo das famílias está crescendo”, declarou o peemedebista, que assumiu o comando do Palácio do Planalto com o impeachment de Dilma Rousseff.
Segundo o presidente, em sua gestão, “o trabalho venceu a recessão” e a “perseverança derrotou o medo”.
Obstrução urológica
O presidente da República não comentou seu estado de saúde no vídeo divulgado nesta quinta. Temer foi internado nesta quarta no Hospital do Exército e diagnosticado com uma obstrução urológica enquanto os deputados federais discutiam o destino denúncia.
O peemedebista sentiu um desconforto em seu gabinete, recebeu o primeiro atendimento no próprio Planalto e foi encaminhado ao hospital.
Conforme a Presidência, Temer passou por uma “sondagem vesical de alívio por vídeo”, procedimento no qual os médicos introduzem uma sonda na uretra para esvaziar a bexiga.
O peemedebista teve alta por volta das 20h e seguiu para o Jaburu, onde permaneceu até o final da manhã desta quinta por recomendação médica. O presidente retornou ao Planalto por volta do meio-dia.