Segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2023
Com uma cirurgia no quadril marcada para esta sexta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ficar internado por pelo menos cinco dias e terá de despachar do Palácio da Alvorada por até quatro semanas. Além disso, a previsão inicial é que o procedimento médico impeça o presidente de viajar pelo Brasil ou para o exterior por pelo menos seis semanas. As informações são da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
A cirurgia será realizada no Hospital Sírio-Libanês de Brasília (DF), mas ainda não tem horário marcado. A ideia é que a intervenção possa interromper um quadro de dores crônicas que incomodam o presidente desde agosto do ano passado. As dores são fruto de uma artrose na cabeça do fêmur direito e, por isso, o procedimento médico indicado é uma artroplastia total de quadril.
Na prática, os médicos irão substituir a articulação do quadril “doente” por uma prótese híbrida, constituída em parte com cimento ósseo. Com isso, a articulação desgastada é reconstituída, compondo um novo quadril. Após a cirurgia, Lula pode precisar utilizar muletas, andador ou uma cadeira de rodas. Apesar disso, não será preciso adaptar a estrutura do Palácio do Alvorada para que o presidente possa se locomover pela residência oficial.
Como parte desse procedimento, Lula também terá que ser submetido à anestesia geral. A Secom não divulgou, entretanto, quantas horas a operação irá durar. No fim da cirurgia, uma equipe médica irá conceder entrevista coletiva à imprensa. Um dos profissionais que irá acompanhar a intervenção médica é Roberto Kalil Filho, que cuida do presidente desde os primeiros mandatos.
Somente depois de seis semanas é que Lula poderá voltar a viajar. A expectativa do governo é que ele esteja bem para marcar presença, por exemplo, na 28 Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), marcada para acontecer nos Emirados Árabes Unidos, entre 30 de novembro e 12 de dezembro deste ano. O presidente também quer aproveitar esta agenda para, na volta da COP, ter reuniões na Alemanha.
Por conta dos preparativos para a cirurgia, Lula recebeu recomendação médica de utilizar máscaras cirúrgicas e evitar viagens para fora de Brasília nesta semana, o que levou o governo a cancelar os eventos de lançamento do Novo PAC, versão repaginada do Programa de Aceleração do Crescimento, em São Paulo e Minas Gerais.
Por outro lado, o presidente deve prestigiar a posse do ministro Luís Roberto Barroso na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta (28). O ato está marcado para acontecer às vésperas da cirurgia. Mas, como a previsão é que o presidente seja internado apenas na manhã de sexta, Lula pretende ir à posse mesmo assim.
Barroso foi eleito para um mandato de dois anos, no lugar da ministra Rosa Weber, que estava no posto desde 12 de setembro do ano passado. A sucessão no comando do STF segue a ordem da antiguidade. Assumirá a vice-presidência do tribunal o ministro Edson Fachin.