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Após constrangimento com Bolsonaro, Ricardo Nunes defende lisura de eleições

Em sabatina da revista Veja, nessa quarta (23), o emedebista defendeu a confiança no processo eleitoral brasileiro. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O ex-presidente Bolsonaro, em ato de campanha com o candidato à reeleição
Ricardo Nunes, voltou a colocar em xeque o resultado das eleições em 2022. Questionado por jornalistas se acreditava na lisura do processo eleitoral, o prefeito desconversou. “Pode ser analisado, mas eu não acompanhei esses casos com relação a votação”, disse constrangido.

Bolsonaro e o prefeito de São Paulo almoçaram juntos em uma churrascaria no Morumbi, em um evento que reuniu mais de 400 políticos e empresários. Depois de uma participação tímida de Bolsonaro na campanha de Nunes, esse foi o primeiro encontro que acontece na reta final para as eleições.

Em sabatina da revista Veja, nessa quarta-feira (23), o emedebista defendeu a confiança no processo eleitoral brasileiro. “Nunca fiz nenhum questionamento sobre a questão das urnas. Eu fui eleito, reeleito vereador, vice-prefeito e, se Deus quiser, serei reeleito prefeito no domingo. Acredito sim. Evidentemente qualquer sistema a gente tem que estar monitorando, olhando, como qualquer outro sistema. Acredito, nunca fiz nenhum questionamento. Aliás, o presidente Bolsonaro foi eleito em 2018 pela urna”, defendeu.

“Chacota”

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), afirmou em sabatina promovida pela revista Veja que o seu adversário, Guilherme Boulos, do PSOL, tem feito promessas inviáveis.

O deputado federal disse que enterraria parte da fiação elétrica nas regiões mais críticas em relação a queda de energia e também prometeu zerar a fila de poda de árvore.

Nunes criticou a proposta que, segundo ele, não é factível pelo alto custo. “Meu adversário perdeu a noção, apertou o botão do desespero, daqui a pouco vai prometer que vai levar a pessoa pra lua. Está virando chacota já,” ironizou.

Nunes ressaltou que está cobrando enfaticamente a Aneel e o governo federal, responsável pela concessão feita à Enel, e que o presidente Lula deveria decretar a intervenção imediata na empresa, assim como ele fez nas empresas de ônibus de São Paulo, alvos de investigação de ligação com o PCC.

Nunes tem ampla vantagem contra Boulos, segundo as pesquisas de intenção de voto. O apagão que atingiu mais de 1,5 milhão de pessoas na semana retrasada acendeu um alerta na campanha do emedebista, às vésperas do segundo turno. O fato, porém, não chegou a impactar de forma significativa a candidatura do prefeito, que chegou a oscilar alguns pontos pra baixo, mas que não migraram para o psolista.

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