Ícone do site Jornal O Sul

Após cremar o corpo do neto de Chico Anysio, mãe critica a seita Porta do Sol por oferecer erva alucinógena ao filho que morreu

Mãe de Rian Brito culpa chá de seita pelo sumiço e morte do filho. (Foto: Reprodução)

Após cremar o corpo de Rian Brito, neto de Chico Anysio, a mãe do jovem resolveu falar sobre o mistério que ainda cerca a morte do músico. Ele foi encontrado morto por afogamento em uma praia de Quissamã, no Rio, na última quinta-feira (3), após nove dias sumido. A atriz e cantora Brita Brazil relata que o filho costumava tomar a erva alucinógena indígena Ayhuasca (mais conhecida como Santo Daime), oferecida nos encontros da seita Porta do Sol, cuja fundadora no Rio é a atriz Leona Cavalli. Segundo Brita, ela perdeu seu filho por esse motivo.

Atriz Leona Cavalli é fundadora da seita Porta do Sol no Rio. (Foto: Reprodução)

O nome de Leona foi citado por Brita em seu Facebook e acabou gerando muitas especulações. Na segunda-feira (7), a própria atriz usou o seu perfil na rede social para dizer que nada tinha a ver com o sumiço de Rian e informar que o rapaz participou de quatro encontros em 2014, sendo um deles com a mãe. Leona afirmou que não teve mais contato com o músico desde então.

Em resposta, Brita explicou que Rian frequentava os encontros havia um ano e quatro meses e participou de quatro rituais. Ela contou que, desde então, Rian costumava “ouvir vozes do chá” e “procurar lugares bonitos para se isolar e meditar por dias”, mas “sempre voltava para casa”.

“Com o convite de um grande amigo de infância, foram ao tal chá, e Rian começou a ficar sério, diferente, largou a música, coisa que fazia umas 13 horas por dia, perdeu o humor, e começou a ficar em uma desenfreada mania de jejum e meditação. Sua aparência mudou totalmente. Seu jeito também. Ficou muito mais introspectivo”, narrou Brita. “O total foi um ano e quatro meses do mais profundo inferno que o Rian viveu. Ele perdeu o sentido de tempo, grana, de absolutamente tudo.”

A mãe de Rian relatou ainda que decidiu visitar a sede carioca da Porta do Sol com o filho, e que ela mesma tomou o tal chá, com o intuito de saber o que estava se passando com o músico. “Para participar tem que pagar 120 reais, tomar o chá e ficar com os olhos fechados para entrar em alfa. Na entrada, você dá o seu nome e assina um termo que diz que se você tomar remédios de psiquiatria, não pode fazer uso do chá, mas só nesse caso. Como eu e Rian nunca tivemos nada a ver com psiquiatria, assinamos. Era a quarta vez dele, e a primeira [e última] minha. Mas como mãe, sabendo que íamos entrar em alfa, fiz o contrário, não fechei os olhos e dominei minha mente, para não deixar a lucidez, pois havia ido lá apenas para saber por quê meu filho estava em um estado estranho e não comia praticamente nada.”

A mãe de Rian fez uma alerta sobre o uso da erva: “Muitas pessoas podem ser alérgicas, incompatíveis quimicamente e disparar algo terrível em suas mentes para o resto de suas vidas”.

Sair da versão mobile