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Após dar cadeirada em Marçal, Datena diz que “perdeu a cabeça”

Segundo os advogados de Datena, Marçal usa as redes sociais para propagar mentiras "apenas ofender a personalidade pública" do apresentador. (Foto: Reprodução/TV Cultura)

O candidato à prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB), admitiu em coletiva de imprensa, realizada na madrugada dessa segunda-feira (16), que “perdeu a cabeça” ao agredir o também postulante ao cargo Pablo Marçal (PRTB) durante o debate na TV Cultura.

Datena afirmou aos jornalistas que não deveria ter reagido de forma agressiva, mas justificou o episódio como uma reação humana. O apresentador deu uma “cadeirada” em Marçal após o ex-coach mencionar, durante uma pergunta, um processo de assédio sexual ao qual o tucano respondeu em 2019. O caso foi arquivado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).

“Durante esse período, minha sogra sofreu três AVCs. Ninguém passa por uma acusação dessas dentro da família sem consequências. Ela morreu após os AVCs, muito por causa desses problemas que tive que enfrentar, mesmo sendo acusado de algo que não cometi. Quando fui agredido verbalmente, lembrei da minha sogra, e, infelizmente, perdi a cabeça. Não devia ter perdido (a cabeça)? Acredito que não. Eu poderia ter simplesmente saído do debate e ido para casa. Mas, da mesma forma que choro por uma reação humana, essa também foi uma reação humana que não pude conter”, disse o apresentador.

Datena também revelou que, dias antes do debate, Marçal havia lhe enviado mensagens pelo WhatsApp pedindo desculpas pelas acusações feitas em debates anteriores. “Ele pediu perdão várias vezes e disse que parecíamos dois animais expostos no zoológico. Achei que nem tinha sido ele quem escreveu, pois o texto estava muito bem elaborado. A partir daí, parecia que tudo correria de forma civilizada dentro do processo democrático. Eu disse que, se esses eram os termos, ele teria que provar que suas intenções eram genuínas”, contou o tucano.

O apresentador também relatou que Pablo Marçal tentou marcar um café na véspera do debate, mas ele recusou, alegando que estava focado em sua preparação para o evento.

A discussão começou quando Marçal questionou Datena sobre quando ele deixaria a disputa pela prefeitura, acusando-o de fazer parte de um “consórcio comunista”. Em resposta, Datena destacou que o adversário estava jogando sujo, referindo-se a uma pergunta anterior em que Marçal mencionou um processo de assédio sexual de 2019, movido por uma ex-repórter do programa Brasil Urgente. O caso foi arquivado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e o apresentador inocentado.

“A acusação que você fez contra mim, eu repito, foi arquivada porque não havia provas. Isso causou a morte da minha sogra após três AVCs. Estamos falando aqui de uma condenação sua, de trânsito em julgado, que você foi condenado por ser ‘bandidinho’ e ‘ladrõzinho’ de dados de internet. Você foi condenado, eu não. Esse processo me trouxe muito sofrimento. O que você fez hoje comigo foi terrível. Espero que Deus te perdoe. Você me pediu perdão anteontem e eu aceitei, mas agora não perdoo mais”, afirmou Datena.

Em resposta, Marçal provocou novamente o tucano, dizendo que “São Paulo quer saber que horas você vai parar”. Ele continuou: “Você é um arregão. Você atravessou o debate outro dia para me dar um tapa, mas nem para isso você é homem”. Foi nesse momento que Datena acertou a cadeira em Marçal.

A direção da emissora decidiu expulsar o tucano, enquanto Pablo Marçal, após sentir um mal-estar, deixou os estúdios da TV Cultura. Os demais candidatos decidiram prosseguir com o debate.

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