Inicialmente, o Inter controlava a partida de terça-feira (28) contra o Belgrano-ARG, pela Sul-Americana. Entretanto, duas falhas na defesa resultaram na derrota colorada por 2 a 1 para o time argentino em três minutos.
O técnico Eduardo Coudet acredita que a equipe evoluirá com outros jogos, mas admite que ainda há um abalo emocional por conta da tragédia climática que castiga quase todo o Rio Grande do Sul.
O treinador colorado compareceu à entrevista pós-jogo na Arena Barueri, em São Paulo, junto ao zagueiro Vitão para explicar a falta de êxito no retorno colorado ao futebol. Coudet citou que, embora não tenha mostrado problemas físicos, o Inter ainda demanda tempo para recuperar os ajustes que apresentava antes do breve recesso.
Apesar do desgaste mental, a equipe de Coudet detinha o controle inicial da partida e abriu o placar com um gol de Rafael Borré. O Inter parecia prestes a levar a vantagem para o intervalo, mas foi punido com dois gols de Chavarría, do Belgrano-ARG, aos 44 e 47 minutos.
“Tentamos até o final. Fizemos tudo para buscar o empate, mas quando toma um gol é porque houve erro. Em dois chutes, 100% de efetividade. Não tivemos a sorte do rival. Temos de trabalhar e melhorar. O ritmo de jogo ainda não temos. Precisamos estar fino nos últimos metros. Acho que fizemos um primeiro tempo muito bom, à exceção destes minutos que custaram o jogo”, destacou Coudet, em coletiva após a partida.
“Temos uma mentalidade positiva, mas a cobrança não é a mesma. O lado técnico. Preciso ser mais compreensivo”, admitiu o técnico.
Se a derrota por 2 a 1 decepcionou, a situação do Rio Grande do Sul ainda mexe com Coudet. Ao longo da entrevista, o argentino comentou sobre a situação vivida no estado gaúcho e revelou que, mesmo com a intertemporada em Itu, no interior paulista, ele acompanha junto aos jogadores, comissão técnica e direção colorada a situação do Lago Guaíba, em Porto Alegre.
“É muito complicado esquecer o que acontece em Porto Alegre, a cada dia com o clima. Ontem tinha alerta de ciclone. O castigo é demasiado. Olhamos quanto mede o rio. Não é desculpa, mas é a situação que estamos vivendo. Sabemos que melhoraremos com os jogos, mas é diferente. Não é o nosso campo, nossa cidade”, disse Coudet.
“O mais difícil é a situação do povo que perdeu tudo. Falamos de futebol, o que teremos de fazer, mas não estamos alheios às dificuldades das pessoas”, completou.
Com a derrota para o Belgrano-ARG, o Inter soma cinco pontos na Sul-Americana e está em terceiro no Grupo C. Na próxima rodada, os colorados encaram o Real Tomayapo-BOL, em jogo marcado para o dia 4 de junho em Tarija, na Bolívia. Três dias antes, o clube enfrenta o Cuiabá pelo Campeonato Brasileiro, às 18h30min, na Arena Pantanal.