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Após dez dias internado, morre o condutor de ônibus que atingiu automóvel em Porto Alegre. Motorista do carro permanece na UTI

Jorocil Veleda, 71 anos, residia em Canoas. Causa do óbito não foi informada. (Foto: Reprodução/Facebook)

Faleceu na madrugada desta sexta-feira (1º) o motorista do ônibus que colidiu contra um automóvel na avenida Assis Brasil, Zona Norte de Porto Alegre, dez dias antes. A vítima é Jorocil Veleda, 71 anos. Ele estava internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Cristo Redentor, onde permanece em estado grave o condutor do carro.

Até o fim da noite não havia detalhes sobre local de velório, sepultamento ou cremação. Da mesma forma, a causa do óbito não tinha sido comunicada pela instituição de saúde. Jorocil residia em Canoas (Região Metropolitana da capital gaúcha), mesma cidade onde está registrada a empresa responsável pelo serviço de transporte no qual o idoso trabalhava.

O acidente ocorreu por volta das 11h do dia 22 de agosto (terça-feira), próximo à rótula da avenida Bernardino Silveira Amorim e da sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), no bairro Sarandi.

Conforme testemunhas, o coletivo com 30 passageiros (a maioria crianças) se dirigia para um evento de dança em Novo Hamburgo (Vale do Sinos) quando ficou desgovernado e atingiu um Chevrolet Corsa.

Imprensado contra um caminhão, o automóvel pegou fogo. Seu único ocupante foi retirado por populares, enquanto as chamas se alastravam. Já o motorista do ônibus (que “abraçou” uma árvore) precisou da ajuda de bombeiros para sair das ferragens.

Enquanto isso, 14 passageiros eram atendidos em hospitais da região – sem ferimentos graves, eles voltaram para casa no mesmo dia.

As causas e circunstâncias do acidente são investigadas pela Polícia Civil, que ainda não informou a identidade dos motoristas. As principais hipóteses são falha humana (um mal súbito pelo condutor caminhão, por exemplo) ou mecânica (veículo sem freios, dentre outras possibilidades). Também é aguardada a conclusão de laudos periciais e análise de imagens de câmeras da região.

Já se sabe que o coletivo que atingiu o Corsa estava rodando havia 34 anos (14 a mais do que o permitido pela legislação brasileira) e estava em situação clandestina, sem autorização para transportar passageiros desde 2018.

Naquele mesmo ano, a empresa – sediada em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre – deixou de atualizar em 2018 a licença da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) para esse tipo de serviço. Já no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o registro está pendente há três anos.

(Marcello Campos)

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