Os preços dos medicamentos aos hospitais no Brasil registraram queda de 1,31% em setembro, em relação a agosto – acumulando o quarto mês seguido de recuo, informou o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pela Bionexo.
Apesar do recuo nos últimos quatro meses, o IPM-H acumula alta de 8,49% em 2021 e de 9,15% nos últimos 12 meses. Em abril, auge da segunda onda da Covid-19, o índice marcou uma alta de 10,53%.
Com o aumento da incerteza e a consequente depreciação da moeda brasileira, o custo de aquisição de medicamentos, de insumos da indústria e de transporte de produtos também se tornou mais elevado, disse a Fipe.
O levantamento mostrou que o resultado de setembro foi influenciado pela variação negativa registrada em medicamentos para: sistema nervoso (-5,69%), sangue e órgãos hematopoiéticos (-2,14%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-2,06%), aparelho cardiovascular (-1,48%), agentes antineoplásicos (-0,69%), aparelho respiratório (-0,59%) e aparelho digestivo/metabolismo (-0,31%).
Em contraposição, os remédios que aumentaram de preço foram os destinados para: sistema hormonal (+2,67%), aparelho geniturinário (+0,93%), órgãos sensitivos (+0,66%), sistema musculoesquelético (+0,20%) e anti-infecciosos gerais (+0,01%).
Comparativamente, a variação mensal do IPM-H foi superada pelo comportamento do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) (-0,64%), pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) (+1,16%) e da taxa média de câmbio (+0,53%) no período.
IPCA
A inflação brasileira teve alta de 1,16% em setembro, a maior para o mês desde 1994, quando o índice foi de 1,53%. Com isso, o indicador acumula altas de 6,90% no ano e de 10,25% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (9,68%). Esta foi a primeira vez em mais de 5 anos que a taxa anual atingiu dois dígitos. Em setembro do ano passado, a variação mensal foi de 0,64%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado no último dia 8 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em setembro, com destaque para habitação (2,56%), que foi puxado pelo aumento de 6,47% na conta de energia elétrica. Em setembro, passou a valer a bandeira tarifária “escassez hídrica”, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. No mês anterior, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, em que o acréscimo é menor, R$ 9,49. Além disso, houve reajustes tarifários em Belém, Vitória e São Luís. As informações são do portal de notícias G1 e do IBGE.