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Brasil Após três casos confirmados no Brasil, saiba como está o monitoramento da varíola dos macacos

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Serviços de saúde devem reforçar a vigilância e, à população, cabe atenção aos sintomas da doença, segundo especialistas

Foto: Fiocruz/Divulgação
Autoridades garantem que a situação não é alarmante. (Foto: Fiocruz/Divulgação)

Com a confirmação de três casos da varíola dos macacos no Brasil (dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul), especialistas defendem a necessidade de que seja redobrada a atenção, por parte do sistema de saúde e da própria população, no que se refere aos sintomas da doença. A lista inclui erupção cutânea com bolhas no rosto, mãos, pés e genitais, febre, falta de energia, dores de cabeça e musculares.

De acordo com o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo, David Uip, a situação não é alarmante:

“É preciso tranquilizar a população. O que está acontecendo aqui no Brasil era totalmente esperado por todos nós, afinal essas doenças virais vão de um país a outro com muita facilidade, afinal os meios de transporte estão muito rápidos e você vai de um continente a outro em poucas horas. ”.

Ainda conforme o titular da pasta, os serviços de vigilância epidemiológica têm atuado na pesquisa de contatos recentes do do indivíduo com suspeita ou confirmação, ou seja, pessoas que podem ter sido expostas ao vírus. O objetivo é reduzir as chances de propagação da doença.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, declarou que existe um risco da varíola dos macacos se estabelecer em países não endêmicos. Ele alerta que tal cenário pode ser evitado, desde que os países afetados empenhem esforços para identificar todos os casos e contatos, a fim de controlar surtos da doença:

Com o objetivo de ampliar a capacidade de testagem, profissionais da saúde de sete países da América Latina participaram recentemente de uma capacitação para diagnóstico laboratorial do vírus da varíola dos macacos. A atividade foi promovida pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em parceria com o Ministério da Saúde Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

São profissionais de institutos nacionais de saúde da Bolívia, Equador, Colômbia, Peru, Paraguai, Uruguai e Venezuela. O treinamento teve como foco a realização de diagnóstico molecular baseado na identificação do material genético do vírus, por meio da metodologia de PCR em tempo real (protocolo-padrão da OMS).

Transmissão

O vírus é transmitido de uma pessoa a outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. O período de incubação é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.

Conforme a OMS, parte dos casos de varíola dos macacos tem sido identificada em pacientes gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com indivíduos do mesmo gênero. Pessoas trans também podem estar mais vulneráveis no contexto do atual surto.

Casos brasileiros

Neste domingo (12), a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul recebeu do Ministério da Saúde a confirmação do primeiro caso da varíola dos macacos (“monkeypox”) no Estado. Trata-se da terceira ocorrência contabilizada oficialmente no Brasil – as duas primeiras foram registradas em São Paulo desde a quinta-feira passada (9).

O resultado foi obtido em laboratório por meio de teste RT-PCR pelo Instituto Adolf Lutz de São Paulo (IAL-SP). Paciente: um homem residente em Portugal e que está em Porto Alegre por motivo de viagem. Sua situação é monitorada desde 27 de maio – ele havia procurado atendimento médico nos dias 19 e 23 de maio.

Em seu relato, afirmou desconhecer contato com pessoas em Portugal que tenham suspeita ou confirmação da doença. No momento, ele apresenta melhora parcial dos sintomas, por meio do tratamento específico.

Os dois primeiros casos foram confirmados em São Paulo. Um dos pacientes é um homem de 41 anos, que esteve na Espanha e em Portugal e apresentou no dia 28 de maio os primeiros sintomas, como febre e dor muscular.

Ele permanece em isolamento hospitalar na capital paulista. Os exames de diagnóstico molecular, que confirmaram a infecção viral, foram realizados pelo Instituto Adolfo Lutz. Já o segundo caso é o de um homem de 29 anos que está isolado em sua casa na cidade e Vinhedo.

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https://www.osul.com.br/apos-dois-casos-saiba-o-que-muda-na-vigilancia-da-variola-dos-macacos/ Após três casos confirmados no Brasil, saiba como está o monitoramento da varíola dos macacos 2022-06-12
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