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Brasil Após encontro com presidente da China, Lula se alia ao gigante asiático na economia e na posição sobre a guerra na Ucrânia

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Alinhamento entre os dois governos preocupa o bloco ligado aos Estados Unidos. (Foto: EBC)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe na bagagem de sua visita oficial à China – encerrada na sexta-feira (14) – dezenas de acordos de cooperação (em especial no setor do agronegócio), além de diversos contratos entre empresas dos dois países. Ele também deixou claro ao colega Xi Jinping que pretende elevar o patamar da parceria estratégica do Brasil com o gigante asiático.

“[Queremos] ampliar fluxos de comércio e equilibrar a geopolítica mundial junto com a China”, frisou. Um dos pontos discutidos durante a viagem foi a intenção do Brasil de se tornar um mediador na guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Divulgada após o encontro, uma declaração conjunta de chefes de Estado indica o apoio ativo das autoridades de Brasília e Pequim na busca de uma solução de paz para o conflito, iniciado em fevereiro do ano passado com a invasão de tropas de Moscou à nação vizinha.

“As partes afirmam que o diálogo e a negociação são a única saída viável para a crise na Ucrânia e que todos os esforços conducentes à solução pacífica da crise devem ser encorajados e apoiados”, enfatiza o documento.

Na viagem que fez aos Estados Unidos, em fevereiro, Lula havia rubricado o mesmo tipo de declaração com o presidente norte-americano, Joe Biden. Conforme desejado por Washington, o documento criticava a postura russa, mas o desejo de Lula para que o Brasil fosse reconhecido como negociador no conflito não foi atendido.

Já na declaração conjunta com a China, negociada pelo assessor especial da Presidência, Celso Amorim, o Brasil reconhece publicamente ter recebido “de forma positiva” o plano de paz de Pequim para o conflito. A China também atestou os esforços do Brasil de encontrar uma solução para a guerra.

Declarações de impacto

A visita de Lula foi marcada por diversas declarações fortes, como a sugestão do presidente de se abandonar o dólar como moeda de troca nas relações comerciais entre os dois países. Durante evento de posse da ex-presidente Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, instituição do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Lula salientou:

“Precisamos de uma moeda que proporcione aos países em uma situação um pouco mais tranquila, porque atualmente um país precisa correr atrás de dólar para poder exportar, quando ele poderia exportar em sua própria moeda, e os bancos centrais certamente poderiam cuidar disso”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se apressou em negar um possível afastamento em relação aos Estados Unidos. Para ele, o Brasil é “grande demais para escolher parceiro” e o interesse do governo é estabelecer as melhores relações, tanto com os Estados Unidos quanto com União Europeia e China.

Acordos bilaterais variados

Conforme balanço do Ministério das Relações Exteriores, na viagem do presidente Lula à China foram fechados 20 acordos entre o governo e empresas estatais brasileiras e instituições chinesas. Já no setor privado, houve a celebração de mais de 20 contratos entre companhias dos dois países. Os acordos vão da retomada da cooperação para a construção de satélites até a compra de caminhões elétricos.

A construção de satélites ocorre com a renovação de um acordo de cooperação, que prevê desenvolvimento, fabricação, lançamento e operação conjunta do Satélite Sino Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-6). O novo equipamento, sexto da série, contará com uma tecnologia chamada Radar de Abertura Sintética (SAR), que vai permitir o monitoramento da Amazônia em qualquer condição climática.

Já no setor privado, entre os contratos firmados está a aquisição de 280 caminhões elétricos da chinesa JAC Motors pela brasileira Seara e a compra de cinco navios do maior estaleiro do mundo, o chinês Cosco, pela empresa de celulose Suzano.

Do lado brasileiro, o grande vitorioso de vendas foi o agronegócio, que conseguiu levantar embargos e facilitar as condições para a exportação por meio de um convênio que prevê a elaboração de estudos para a adoção de um certificado sanitário digital, com o intuito de simplificar a exportação de proteína animal para o mercado chinês.

Também foi celebrado um memorando de entendimento entre o Ministério da Fazenda e o governo chinês para a promoção da cooperação e da colaboração de projetos de interesse mútuo, como parcerias público-privadas (PPPs), infraestrutura e captação de recursos.

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