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Após explosões na Praça dos Três Poderes, ministros do Supremo mandam recado ao Congresso de que “não haverá discussão sobre anistia”

Ministros da corte fizeram chegar aos principais nomes do Congresso a seguinte mensagem: “Não vamos permitir que ousem debater anistia depois disso”. (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Tão logo os detalhes das explosões que ocorreram na noite de quarta-feira (13) nas imediações do Supremo Tribunal Federal (STF) se tornaram conhecidos, ministros da corte fizeram chegar aos principais nomes do Congresso a seguinte mensagem: “Não vamos permitir que ousem debater anistia depois disso”.

Foram disparados telefonemas para os líderes mais importantes da Câmara com o mesmo recado. E o sinal emitido aos parlamentares foi de tolerância zero.

A partir de agora, muita coisa deve mudar. A começar pela segurança da Esplanada. Ela não deve ser apenas protegida contra multidões violentas como as dos ataques extremistas de 8 de janeiro de 2023. A segurança precisará estar preparada também para atos supostamente solitários.

As duas explosões ocorreram em um intervalo de 20 segundos por volta das 19h30. A área em frente ao STF foi isolada.

A primeira explosão foi em um carro estacionado no anexo à Câmara dos Deputados, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está no nome de Francisco Wanderley Luiz. A Polícia Civil do DF confirmou, por volta das 23h50, que ele era o homem que morreu na segunda explosão, em frente ao STF.

Francisco foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, em 2020, mas não se elegeu.

A Polícia Federal (PF) investiga o caso. Por considerar a possibilidade de um novo ataque aos Três Poderes, a PF vai encaminhar o inquérito ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator da investigação sobre os atos extremistas de 8 de janeiro. O caso é tratado como gravíssimo.

No início da sessão plenária dessa quinta-feira (14), o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que o atentado na Praça do Três Poderes reforça a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia.

Barroso ressaltou que o episódio de quarta-feira se soma a outros que já vinham ocorrendo no País nos últimos anos e que culminaram na invasão e na depredação das sedes dos três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. O ministro criticou a tentativa de “naturalização do absurdo”, que acaba por incentivar a reiteração desse tipo de comportamento. “Querem perdoar sem antes sequer condenar”, afirmou.

Ainda de acordo com o ministro, a gravidade do atentado é um alerta para a realidade de que persiste no Brasil a ideia de deslegitimar a democracia e suas instituições, inspirada pela intolerância, pela violência e pela desinformação. “Reforça também, e sobretudo, a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”, afirmou.

Para o presidente do STF, a celebração da Proclamação da República, nesta sexta-feira (15), deve ser um momento para renovar os votos e a crença nos valores republicanos. “Uma pequena revolução ética e espiritual é o que estamos precisando”, observou.

Barroso reiterou que o Tribunal continuará a cumprir com sua função de guardião da Constituição e a simbolizar os ideais democráticos do povo brasileiro e a luta permanente pela preservação da liberdade, da igualdade e da dignidade de todas as pessoas. As informações são do portal de notícias G1 e do STF.

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