Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de abril de 2024
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, escolheu Adriana Pivato para ser a superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Distrito Federal. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União.
A nova chefe da superintendência do Distrito Federal está na corporação desde 2006 e passou por áreas do órgão como o Núcleo de Operações Especiais (NOE/MS), a Universidade Corporativa da PRF (UniPRF) e o Núcleo de Educação Corporativa (NEC/CE).
“Após quase duas décadas de PRF, de segurança pública, me sinto honrada e desafiada com a função. Por toda a minha trajetória na PRF, como uma mulher que lutou para conquistar seu espaço na polícia, espero poder fazer uma boa gestão para o engrandecimento da PRF e o bem dos policiais”, diz Pivato.
Adriana substitui Igor Ramos, que estava no posto desde o início de 2023. Com a mudança, o ministro busca estancar a crise instaurada entre a cúpula do órgão e a sede em Brasília.
A Corregedoria da PRF constatou que o número dois da PRF no Distrito Federal, Rafael Silva, usou o sistema para consultar dados pessoais do diretor-geral da PRF, Antônio Oliveira. Silva também deixou digitais na elaboração de um dossiê contra a atual cúpula do órgão.
Ele era o principal auxiliar de Igor Ramos, ex-superintendente da PRF em Brasília substituído hoje. No mês passado, Ramos se filiou ao PT. A avaliação é que ele estava vinculado ao movimento para derrubar o atual diretor-geral da PRF.
Mudanças
Lewandowski defendeu nessa segunda-feira (22) alterações na Constituição para a efetiva instalação do “SUS da Segurança Pública”, com verba própria, para promover ações de combate à criminalidade em âmbito nacional.
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) também propõe alteração para que a União possa elaborar diretrizes vinculantes na área de segurança, ou seja, iniciativas que devam ser cumpridas pelas forças de segurança dos Estados.
Na avaliação de Lewandowski, a União está “desguarnecida, do ponto de vista jurídico”, para fazer o enfrentamento da criminalidade. Segundo o ministro, a União “não tem os instrumentos constitucionais e legais” para enfrentar uma criminalidade que mudou “radicalmente” de natureza nos últimos anos, adquirindo caráter transnacional.
O ministro reconheceu o cenário de “contenção de despesas”, mas ressaltou que o problema da segurança pública é complexo e que as demandas são inúmeras, em um contexto de verbas “escassas”.
“A saúde e a educação têm, constitucionalmente, uma verba já prevista e de aplicação compulsória. E é um sistema que tem dado certo. Eu acho que, dentro do orçamento brasileiro ainda cabe uma verba para a segurança pública”, ponderou.