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Após invasão ucraniana, Rússia convoca reservistas e declara estado de emergência

(Foto: Reprodução)

A Rússia entrou em estado de alerta depois de soldados ucranianos invadirem e ocuparem parcialmente uma cidade no sul do país na quarta-feira (7). A incursão ucraniana, inesperada, fez com que o presidente russo, Vladimir Putin, readaptasse planos de guerra de forma emergencial. Nesta quinta-feira (8), Moscou declarou estado de emergência em Kursk, a região atacada, e convocou mais reservistas para a região de fronteira com a Ucrânia. O governo local também fez restrições no espaço aéreo.

Em um ataque inesperado, militares da Ucrânia conseguiram cruzar a fronteira e travaram fortes embates na região de Kursk. Houve relatos de que os soldados de Kiev conseguiram ocupar uma cidade, mas o Ministério da Defesa russo afirmou ter conseguido recuperar o território. Em um dos maiores ataques ucranianos contra a Rússia durante a guerra entre os dois países, cerca de 1 mil soldados ucranianos atravessaram a fronteira russa na madrugada de 6 de agosto. Eles usaram tanques e veículos blindados, cobertos no ar por drones e artilharia, de acordo com autoridades russas.

As forças ucranianas atravessaram os campos e as florestas da fronteira em direção ao norte da cidade fronteiriça de Sudzha, o último ponto operacional do transbordo do gás natural russo para a Europa via Ucrânia. Putin classificou o ataque como uma “grande provocação”. A Casa Branca disse que os Estados Unidos não tinham conhecimento prévio do ataque e que buscariam obter mais detalhes de Kiev.

O Ministério da Defesa da Rússia disse nesta quinta-feira que o Exército e o Serviço Federal de Segurança (FSB, o sucessor da KGB, o famoso serviço secreto da União Soviética) barraram o avanço ucraniano e estavam lutando contra unidades ucranianas na região de Kursk.

“Unidades do grupo de forças do Norte, juntamente com o FSB da Rússia, continuam a destruir formações armadas das Forças Armadas da Ucrânia nos distritos de Sudzhensky e Korenevsky da região de Kursk, diretamente adjacentes à fronteira russo-ucraniana”, informou o ministério.

Segundo a pasta, a Ucrânia perdeu 82 veículos blindados, incluindo oito tanques, no ataque. Já o Exército ucraniano não se manifestou sobre a ofensiva de Kursk, seguindo a postura que Kiev normalmente adota em ataques à Rússia cuja autoria é atribuída à Ucrânia.

As batalhas em torno de Sudzha ocorrem em um momento crucial do conflito, a maior guerra terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Kiev teme que o apoio dos EUA possa cair se o republicano Donald Trump vencer a eleição presidencial de novembro.

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