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Política Após Lula vetar manifestações do governo sobre os 60 anos do golpe militar, ministro vai a ato contra a ditadura

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Marinho defende a manutenção do regime de urgência para o projeto, que passa a trancar a pauta da Câmara em 20 de abril. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinar que o governo não realize manifestações em memória dos 60 anos do golpe, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, confirmou presença em um ato contra a ditadura militar que será realizado no dia 4 de abril no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo Campo (SP).

O evento terá como tema “Democracia Sempre – 60 anos (1964-2024) – Golpe”. Além de Marinho, está confirmada também a participação do escritor Frei Betto, que fez parte da luta contra a ditadura e foi preso pela repressão. O ato é organizado pela Associação Heinrich Plagge (entidade de trabalhadores perseguidos na ditadura) e pelo Sindicato dos Metalúrgicos.

O PT também contrariou o presidente e confirmou apoio aos atos agendados de manifestação referentes à data. Em nota, a sigla declarou ser “importante reafirmar o compromisso com a defesa da democracia no País”.

Lula se projetou nacionalmente ao liderar greves como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na segunda metade da década de 1970. Por causa de sua atuação, o então sindicalista chegou a ser preso por 31 dias em 1980. Entre 1996 e 2003, Marinho, que é amigo de Lula, também presidiu o sindicato.

Agora, em seu terceiro mandato como presidente, Lula deu uma ordem explícita aos ministros do Palácio do Planalto que não queria que o governo fizesse nenhum movimento ou evento em memória aos 60 anos do Golpe Militar, nem a favor e nem contra.

O presidente argumentou, em uma reunião no começo de março, aos auxiliares mais próximos que o objetivo era evitar que a data fosse usada para “conflagrar o ambiente político do País”.

Lula demonstrou desagrado com os atos previstos quando o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, decidiu realizar um evento no Museu da República, em Brasília, para homenagear a luta dos “perseguidos” do regime militar. O presidente solicitou o cancelamento do evento e teve o pedido acatado por Almeida.

Em fevereiro, Lula afirmou querer evitar “remoer o passado”. Em entrevista, ele ainda disse que os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro causaram mais preocupações do que lembrança da tomada de poder dos militares. “O que eu não posso é não saber tocar a história para frente. Eu não vou ficar remoendo e eu vou tentar tocar esse país para frente”, disse ele na época.

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