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Após luta contra o vício, Fabio Assunção opina sobre internação compulsória e legalização das drogas

"Não é uma permissividade, não é uma torcida para que todo mundo use. É tirar isso do crime organizado e olhar com afetividade", declarou. (Foto: Reprodução)

Com um histórico de luta contra o vício em drogas, Fabio Assunção, que já chegou a ser internado em uma clínica de reabilitação, opinou sobre a internação compulsória. Em entrevista ao jornal O Globo, o ator admitiu que se arrependeu de ter dado sua opinião a respeito do tema.

“Ninguém vai ser curado de uma coisa que ela não quer. Não adianta. A cura não é só um procedimento técnico, ela precisa da sua energia pra que aconteça”, afirmou.

“Esse processo de autoboicote, que é a compulsão, precisa de você e não de procedimentos. Mas me arrependi de ter falado isso, porque tem casos extremos em que a pessoa precisa”, emendou.

Sem especificar de qual droga estava se referindo, o artista apontou que a legalização precisa ser entendida.

“Não é uma permissividade, não é uma torcida para que todo mundo use. É tirar isso do crime organizado e olhar com afetividade. A sociedade precisa olhar pra isso de uma forma mais humanizada, sabe?”, refletiu.

Pai de 3 filhos, Fabio contou que trata do assunto com seu primogênito, João, de 21 anos.

“Com certeza. E eles têm uma visão já bem contemporânea. Meu filho, por exemplo, é tipo: ‘Estão fazendo ali e eu não vou, mas não vou julgar. Tenho respeito pelo processo de cada um, mas não é minha turma’. Acho bonito isso. Ele sabe o que ele quer e nunca vi o João estigmatizar ninguém. Já acho uma visão bacana.”

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