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Após muitos erros, chegaram ao limite

O ministro Francisco Dornelles, em 1985, foi o primeiro a tratar abertamente do déficit público. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Os Estados brasileiros mostram-se semi destruídos não só em termos financeiros. Enfraqueceram-se como força ordenadora da vida coletiva. A falência dos Estados é também de toda a sociedade, que teve tolerância e confiança nos gestores e não percebeu a descida sem freios da locomotiva na ladeira. Os gastos foram muito além da receita, resultando nos endividamentos astronômicos.

Volta em breve

O plenário da Assembleia Legislativa vazio dá uma pausa na repetição das frases de efeito com a pretensão de exercitar o pensamento crítico. A propósito dos repetidos discursos, o que está errado já se sabe. Procura-se quem saiba consertar.

Reconhecimento e homenagem

A atual geração de médicos, enfermeiros e demais profissionais da área da saúde está sendo levada ao limite. Botaram o relógio na gaveta e trabalham sem parar. Muitos foram contaminados e, lamentando, tiveram de se afastar dos hospitais. Voltarão logo para o front da guerra que assusta e mata.

Outros tempos

A 19 de abril de 1992, os jornais noticiaram:

“O deputado federal Jair Bolsonaro afirmou que os militares consideram insuficiente o reajuste de 60 por cento para todos os funcionários públicos, que o governo pretende anunciar. Alheio às críticas, Bolsonaro continua preparando o que chama de “marcha pela dignidade da família militar”, marcada para o dia 27 em Brasília, com apoio de mulheres de oficiais reunidas em organização batizada como Comando Azul.”

Trégua

Estando o presidente Bolsonaro sem filiação, o país escapa da mistura insistente entre poder público e partidos, que se tornou prática comum e muitas vezes perniciosa de Norte a Sul.

Começa a mudar

Na maioria dos governos, as nomeações dependiam do elemento Q.I. (quem indicou) ou da simples apresentação de uma carteirinha, comprovando vínculo partidário.

O que deve vir após a crise

Passada a pandemia, com prejuízos brutais, haverá necessidade de um plano de recuperação sem precedentes. Será a oportunidade de pôr o país no caminho da liberdade de iniciativa, da responsabilidade individual e da eficiência econômica. A condição indispensável para a retomada é que os governos abram mão da pretensão de controlar tudo, cobrando alto por isso e com resultados sofríveis.

A iniciativa privada tem direito ao desenvolvimento sem a intromissão tão forte do poder público.

Diante das câmeras

Falta definir se será amanhã ou terça-feira o teste da comunicação para o novo ministro da Saúde, Nelson Teich. A assessoria já cuidou dos detalhes para a primeira entrevista coletiva. Ao final, ocorrerá a comparação com o antecessor. Tech é mais contido, o que não impede que fale com clareza e objetividade, principais características de Mandetta.

Abre-se a corrida

A pergunta do momento: qual das redes de TV conseguirá contratar Mandetta para ser comentarista de saúde?

Abriu a cortina

O país deve a Francisco Dornelles, ministro da Fazenda de março a agosto de 1985, a iniciativa de apresentar, mensalmente, os números do déficit do setor público. Causou impacto porque, além da informação, apontava as causas do aumento do rombo. Depois que deixou o cargo, ninguém mais teve a mesma coragem.

O exemplo pode ser retomado a qualquer momento. Basta vontade e respeito aos que pagam a conta.

Há 60 anos

A 19 de abril de 1960, o presidente da República, Juscelino Kubitschek, despediu-se dos funcionários do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, que deixava de ser sede do governo federal. Desceu os degraus e fechou lentamente os portões, enquanto o povo cantava A Valsa do Adeus. Dois dias depois, o Palácio do Planalto, em Brasília, foi inaugurado.

Todos armados

As áreas próximas ao Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre, passaram a ser a preferidas por assaltantes, a qualquer hora do dia.

Houve troca

Antes, os governos se diziam preocupados com a crise na administração. Agora, voltam-se à administração da crise.

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