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Após naufragar a indicação do advogado de Temer como ministro da Justiça, o vice-presidente tem dito a seus auxiliares mais próximos que considera a escolha para este ministério a mais difícil e delicada

O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira foi descartado para a função de ministro por criticar a força-tarefa responsável pela operação Lava-Jato. (Foto: STF)

Após naufragar a indicação do advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira para o Ministério da Justiça, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) tem dito a seus auxiliares mais próximos que considera a escolha para a pasta mais difícil e delicada que deverá fazer para a formação do seu eventual governo. Ele busca um nome capaz de evitar suspeitas de que poderá haver qualquer interferência no andamento da Operação Lava-Jato.

Mariz foi descartado para a função por fazer reparos ao trabalho da força-tarefa responsável pela operação. No começo do ano, ele também havia sido um dos signatários da chamada Carta de Repúdio a Abusos da Lava-Jato.

Agora, o próximo passo é buscar uma boa relação com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Indicado e reconduzido a pedido da presidenta Dilma Rousseff, Janot tem relação apenas “formal e institucional” com Michel Temer. Para auxiliares do vice, “isso ajuda mais do que atrapalha”, já que políticos citados nas investigações não poderão cobrar dele qualquer gestão ou ação nem a favor nem contra o atual procurador-geral.

Já o ex-ministro da Justiça e atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, errou ao deixar transparecer sua proximidade com Janot. Por causa disso, ele tem sido criticado pela oposição e pelo governo. (Folhapress)

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