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Mundo Após negar, a presidente interina da Bolívia anunciou que disputará eleição para permanecer no cargo

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Jeanine Añez, 52 anos, é advogada e dona de uma emissora. (Foto: Agência Brasil)

A presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez, anunciou que tentará se manter no cargo por meio das urnas do país andino no próximo dia 3 de maio, hipótese que já provocava críticas da oposição. “Não estava nos meus planos”, argumentou durante um evento em La Paz, no qual foi lançada a sua coalizão, denominada”Juntos”.

Embora já tivesse sugerido no passado que não concorreria, a líder interina justificou sua decisão dizendo que queria ajudar a unir um eleitorado fragmentado num país profundamente dividido pela polarização política.

“A dispersão de votos e os candidatos que falham em unir os bolivianos me levaram a tomar essa decisão”, frisou Jeanine em uma reunião de seu partido, o Movimento Democrático Social.

“Respeitamos a decisão daqueles que ainda não aderiram”, prosseguiu. “Estendo a mão para eles e garanto que a porta permanece aberta para se juntar a essa frente ampla e diversificada que busca trabalhar para todos.”

Ela assumiu a Presidência em novembro, invocando uma cláusula constitucional que ditava que ela seria a próxima na sucessão para governar como líder interina depois que o ex-presidente Evo Morales, o ex-vice-presidente Álvaro García Linera e outros parlamentares, incluindo a presidente do Senado, renunciaram.

O seu governo, de orientação conservadora, logo se afastou das políticas do regime anterior, com o rompimento da relação com países tradicionalmente aliados, como Cuba e Venezuela, e a aproximação com os Estados Unidos.

Jeanine, 52 anos, é advogada e dona de um canal de TV. Ela entrou para a política como forte opositora de Evo. O ex-presidente, em resposta, critica frequentemente o atual governo, devido ao uso excessivo de força militar para reprimir protestos, muitos deles organizados por indígenas.

A presidente interina havia afirmado anteriormente que não seria correto disputar as eleições. Ela disse neste mês que estava focada em unir a fragmentada oposição a Evo, que, embora não seja candidato, dirige a campanha de seu partido, o MAS (Movimento ao Socialismo).

Na última quarta-feira, alguns de seus ministros já aventavam a possibilidade da candidatura. Vários deles publicaram mensagens em redes sociais com a hastag “#YSiFueraElla?” (“E se fosse ela?”).

Tensões políticas

Sob a liderança de Jeanine, o governo interino diminuiu a tensão no país, que viu dezenas de mortos em manifestações nas ruas no final do ano passado, estabeleceu um novo tribunal eleitoral e abriu caminho para novas eleições, a serem realizadas em 3 de maio.

Evo, primeiro presidente indígena do país, atualmente vive na Argentina na condição de refugiado. Ele renunciou em 10 de novembro, depois que uma auditoria da OEA (Organização dos Estados Americanos) apontou irregularidades na votação de outubro.

O ex-presidente, de esquerda, nega qualquer irregularidade e afirma que foi deposto por um golpe de Estado. Impedido de concorrer nas eleições de maio, nomeou seu ex-ministro da Economia Luis Arce como candidato de seu partido, ao lado do ex-chanceler David Choquehuanca.

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