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Após o afastamento do seu filho do cargo de vereador, prefeito de Porto Alegre diz esperar que as investigações apresentem provas e sejam céleres

Sebastião Melo também afirmou esperar que as apurações "não se desencaminhem para questões políticas". (Foto: Julio Ferreira/PMPA)

Após o afastamento de Pablo Melo (MDB) do cargo de vereador por 180 dias, determinado pela Justiça a pedido da Polícia Civil no âmbito da Operação Capa Dura, o prefeito Sebastião Melo, pai do político, disse esperar que as investigações “apresentem as devidas provas” e “sejam céleres”.

A terceira fase da operação, que investiga suspeitas de fraudes em licitações na Smed (Secretaria Municipal de Educação), foi deflagrada na terça-feira (12). Melo, reeleito em outubro, não está entre os investigados.

“Em relação ao afastamento de vereadores, espero que as investigações deflagradas hoje [terça] apresentem as devidas provas, sejam céleres e façam justiça – e não se desencaminhem para questões políticas. Continuaremos em colaboração permanente com os órgãos policiais e de controle”, declarou o prefeito.

Pablo disse que recebeu “com surpresa e indignação” a determinação judicial. “Recebo com surpresa e indignação a informação de que, por decisão judicial, estou sendo afastado das funções públicas pelo prazo de 180 dias. Tenho vida pública e partidária há mais de 20 anos, sem qualquer tipo de ação ou conduta que desabone minha trajetória. Caso isso seja confirmado, cumprirei a decisão, me colocando à disposição para qualquer tipo de esclarecimento”, afirmou o vereador.

Também suspeito de envolvimento no esquema, o ex-vereador Alexandre Bobadra (PL) foi afastado da sua função na Polícia Penal, onde é servidor de carreira.

Na terça, cerca de 70 policiais civis cumpriram 14 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul e em São Paulo durante a nova fase da Operação Capa Dura, batizada de Prefácio.

Conforme a Polícia Civil, as fraudes em licitações da Smed resultaram na aquisição de produtos desnecessários ou em excesso, contrariando o interesse público e beneficiando interesses privados. “As práticas ilícitas resultaram em compras no valor total de R$ 58 milhões, configurando grave lesão ao erário”, afirmou a corporação.

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