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Brasil A Polícia Federal obteve novos indícios de repasse de dinheiro vivo ao senador Aécio Neves

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(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

Após a deflagração da Operação Ross na terça-feira (11), a PF (Polícia Federal) conseguiu obter novos indícios do repasse de dinheiro vivo em Minas Gerais destinado ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), principal alvo da ação sob suspeita de ter captado ilicitamente R$ 128 milhões do grupo J&F, detentor da JBS-Friboi. Em despedida do Senado na quarta-feira, Aécio voltou a dizer que não recebeu propina.

Um dos empresários ouvidos durante a operação, Ronosalto Pereira Neves, sócio da MartMinas Distribuidora, confirmou à PF que realizou uma operação financeira para gerar R$ 1,1 milhão em espécie a pedido da JBS-Friboi, integrante do grupo J&F. Ronosalto disse que a operação foi feita por um pedido direto do empresário Joesley Batista, dono do grupo, e que o dinheiro foi retirado nos escritórios da MartMinas por um gerente da própria JBS-Friboi, de nome Roberto.

É o segundo empresário varejista que confirma aos investigadores ter gerado dinheiro vivo em operações com a JBS-Friboi. No primeiro caso, revelado pelo jornal O Globo em 16 de novembro, o dono do Supermercado BH, Waldir Rocha Pena relatou que gerou esses recursos e fez entregas de dinheiro em caixas de sabão em pó a um primo de Aécio, Frederico Pacheco. Também intimado na terça-feira pela PF durante a Operação Ross, Waldir acertou com os investigadores que prestaria depoimento em uma nova data a ser agendada posteriormente.

Os executivos da J&F relataram em delação premiada que, além do Supermercado BH, também usaram o supermercado MartMinas para gerar R$ 1 milhão em dinheiro vivo destinados a Aécio. O depoimento de Ronosalto corrobora parcialmente o relato dos delatores, existindo uma divergência somente em relação ao recebedor do dinheiro: o ex-diretor da J&F Ricardo Saud havia afirmado que os recursos foram recebidos por Frederico Pacheco, primo de Aécio, mas Ronosalto negou esta informação. O empresário mineiro também disse não ter conhecimento que o senador tucano era o destinatário final do dinheiro.

“Foram feitos cinco repasses em moeda corrente realizados nos escritórios da própria MartMinas”, afirmou o empresário. Ronosalto explicou que o dinheiro era para quitar transações financeiras da sua rede de supermercados com a JBS-Friboi: “Em nenhum momento soube a destinação que Joesley Batista pretendia com a antecipação desse valor de R$ 1.100.000,00 por ele solicitado, sendo certo que tal montante estava disponível em virtude de duplicatas que existiam em poder da empresa decorrentes de produtos fornecidos pelo grupo JBS-Friboi”.

Para os investigadores, as informações dadas pelos donos de supermercados corroboram a delação da J&F e constituem fortes indícios de que houve pagamentos em dinheiro vivo destinados a Aécio.

A assessoria de Aécio Neves afirmou que ele “não foi citado no novo depoimento e, o anterior, prestado por outro empresário, foi desmentido pelos sócios dele. O senador desconhece o assunto e jamais negociou apoio político em troca de recursos. Todas as doações solicitadas por ele foram na condição de dirigente partidário e na forma da lei. As doações feitas pela JBS-Friboi à campanha presidencial de 2014 encontram-se devidamente declaradas na prestação de contas do PSDB”.

 

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