As forças militares israelenses se retiraram do maior hospital da Faixa de Gaza, o Al-Shifa, após um cerco de duas semanas que, segundo testemunhas e autoridades locais, deixou o centro médico em grande parte destruído.
O complexo hospitalar foi invadido por soldados israelenses no dia 18 de março. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (1º), as Forças de Defesa de Israel afirmaram que fizeram uma varredura no hospital, apreendendo armas e documentos de inteligência do Hamas. Os militares disseram que terroristas foram mortos durante a operação.
Ainda segundo o Exército israelense, a ação foi conduzida ao mesmo tempo em que se “evitava danos a civis, pacientes e equipes médicas”.
Logo após a saída dos militares israelenses da região, centenas de pessoas retornaram para a área do Hospital Al-Shifa. Testemunhas afirmaram que corpos foram encontrados dentro e fora do complexo.
Enquanto a operação estava em andamento, Israel afirmou que matou 170 homens armados na região do Al-Shifa. Já o Hamas acusou os israelenses de terem matado 240 pacientes. Israel acusa o Hamas de usar estruturas como hospitais para fins militares.