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Esporte Após perder o bronze, Jordan Chiles lamenta decisão da justiça: “Notícia devastadora”

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Jordan Chiles perde medalha de bronze no solo em Paris 2024. (Foto: Reprodução)

Os primeiros lugares do solo da ginástica artística nas Olimpíadas de Paris continuam intactos com o ouro de Rebeca Andrade e a prata de Simone Biles. Mas o bronze – conquistado por Jordan Chiles no dia da competição – foi negado pelo Tribunal Arbitral do Esporte, e a americana foi ordenada a devolver a medalha à romena Ana Barbosu depois da reavaliação das notas. Jordan lamentou a derrota, nas redes sociais, e seguiu com o discurso de que a decisão seria injusta.

“Estou impressionado com o amor que recebi nos últimos dias. Também sou extremamente grata à minha família, companheiros de equipe, treinadores, torcedores, USAG e USOPC por seu apoio inabalável durante este momento difícil. Ao comemorar minhas conquistas olímpicas, ouvi a notícia devastadora de que minha medalha de bronze havia sido retirada. Confiei no recurso imposto pela USAG, que deu provas conclusivas de que minha pontuação seguiu todas as regras. Este apelo não teve êxito. Eu não tenho palavras. Esta decisão parece injusta e é um golpe significativo, não apenas para mim, mas para todos que defenderam minha jornada”, lamentou Jordan Chiles.

Enquanto a decisão estava sendo julgada na justiça, muitas pessoas debateram nas redes sociais. As duas atletas – Jordan Chiles e a romena Ana Barbosu – foram elogiadas por alguns e atacadas por outros nas redes sociais em meio a essa disuta judicial em relação à medalha de bronze. No fim das contas, a (CAS) Corte Arbitral do Esporte decidiu mudar a nota da final feminina do solo na ginástica artística nas Olimpíadas de Paris, e o o bronze passou a ser de Barbosu.

“Para aumentar a tristeza, os ataques espontâneos de motivação racial nas redes sociais são errados e extremamente prejudiciais. Dediquei todo o meu coração e alma a este esporte e tenho muito orgulho em representar a minha cultura e o meu país. Nunca vacilarei nos meus valores de competir com integridade, lutar pela excelência, defender os valores do espírito esportivo e as regras que ditam a justiça. Tenho orgulho de torcer por todos, independentemente do time ou país. Encontrar a alegria novamente foi uma mudança cultural e adoro ver outras pessoas abraçando isso”, continuou Jordan Chiles.

A americana não deixou de agradecer o amor que recebeu de muitos torcedores nas redes sociais, mas afirmou que esse tem sido um dos momentos mais difícil que já passou na vida de atleta.

“Sinto que dei permissão a todos para serem autênticos com quem são. Agora estou diante de um dos momentos mais desafiadores da minha carreira. Acredite em mim quando digo que tive muitos. Abordarei este desafio como fiz com outros. Farei todos os esforços para garantir que a justiça seja feita. Acredito que no final desta jornada, as pessoas que estão no controle farão a coisa certa”, completou a atleta.

Entenda o caso

Após a audiência realizada pelo CAS no último sábado (11), a qual ouviu as partes envolvidas, o órgão considerou irregular o acréscimo de 0.100 dado à nota de Jordan Chiles depois de um recurso pedido pela delegação da Romênia. Esse acréscimo permitiu que a ginasta americana superasse as duas romenas. Sem ele, Chiles fica na quinta posição, com 13.666, e Barbosu e Sabrina seriam as terceiras e quartas colocadas, respectivamente.

A irregularidade, segundo o tribunal com sede na Suíça, ocorreu porque o recurso foi pedido depois do prazo estabelecido no regulamento, que é de um minuto após o anúncio da nota.

Com a decisão, Ana Barbosu, que recebeu a nota 13.700 em sua apresentação, passou a ser a terceira colocada. Sabrina Maneca-Voinea tirou a mesma nota de sua compatriota, mas ficou em quarto lugar pelos critérios de desempate. Barbosu teve uma melhor nota de execução: 8.000 contra 7.900 de Sabrina.

Em comunicado divulgado também neste sábado, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) basicamente acatou a decisão do CAS e confirmou a medalha de bronze para a romena Ana Barbosu.

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