Sábado, 19 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 21 de abril de 2017
Após receber alta, a técnica em enfermagem Carla Divina Faria de Oliveira, 24 anos, tenta assimilar a morte dos quíntuplos horas após o parto, em Goiânia (GO). Agora, a jovem tenta se recuperar das dores físicas e, principalmente, psicológicas causadas por um trauma. Multiplicadas por cinco.
As lembranças, no entanto, ainda estão muito recentes em sua memória. A imensa tristeza pela perda dos cinco bebês, frutos de uma gestação natural, deve demorar para ser superada. “Eu Fiquei em pânico. É uma sensação que não desejo nem para o meu pior inimigo. Sofri bastante. Chorei e tentei levantar mesmo ainda estando anestesiada para vê-los. Não estava nem me importando comigo, a minha única preocupação era com os bebês. Ali o meu mundo caiu”, desabafou ela. “Mas não des
Os três primeiros bebês nasceram no início do sábado passado, de parto normal, durante a vigésima terceira semana de gravidez. Uma das quatro meninas morreu cerca de uma hora depois. O único garoto, por sua vez, também não resistiu, falecendo em seguida. A terceira criança chegou a suportar um pouco mais, porém morreu na madrugada seguinte.
Carla ficou uma semana internada. Ela se recupera na casa onde mora com o esposo, um encanador industrial de 39 anos, em Nerópolis, na Região Metropolitana da capital do Estado. O repouso é absoluto, combinado a remédios contra a anemia que contraiu por conta da grande perda de sangue, além de antibióticos e até mesmo antidepressivos.
“Penso em fazer um tratamento, tanto físico quando psicológico. Pelo trauma e pela perda, vou ficar com muito medo. É bom eu esperar, cicatrizar a dor dessa perda e viver um pouco mais para mim e para meu esposo. O sonho não acabou, mas vai demorar para engravidar de novo”, ressalta.