Domingo, 20 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 28 de julho de 2023
O túmulo de Gal Costa agora tem uma placa de identificação do nome da cantora. Morta em novembro do ano passado, a artista foi sepultada no Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, na Consolação, região central de São Paulo, num jazigo da família da viúva, Wilma Petrillo, acusada de golpes e assédio contra funcionários.
Em maio deste ano, fãs da artista chegaram a fazer um protesto no local pela falta de identificação do túmulo de Gal. O grupo levou uma placa em acrílico com uma foto da cantora para sinalizar onde ela estava enterrada.
Num vídeo publicado na terça-feira no YouTube, um fã que visitava o cemitério mostrou aos seguidores que o túmulo havia enfim ganhado uma placa.
O nome artístico da cantora — que se chamava Maria da Graça Costa Penna Burgos — e as suas datas de nascimento e morte foram localizados abaixo das informações sobre Basilissa Coelho Franco, morta em 1968. Nos anos 1980, a artista alterou seu nome para Gal Maria da Graça Penna Burgos Costa.
O local onde a artista foi sepultada está no centro de uma série de críticas a Wilma Petrillo. Isso porque amigos e fãs de Gal acusam a viúva de não respeitar os desejos feitos em vida pela companheira. Segundo eles, a cantora queria ser sepultada no Rio de Janeiro, ao lado do corpo da mãe, Mariah.
O grupo também aponta falta de manutenção e descuido com o espaço, que, meses após a morte de Gal, só tinha em destaque os nomes de parentes de Wilma Petrillo.
União estável
A Justiça de São Paulo chamou Gabriel Costa, filho de Gal Costa que completou 18 anos recentemente, para reconhecer se havia união estável entre a cantora e a viúva Wilma Petrillo. Em um posicionamento, a Defensoria Pública se manifestou contrária à confirmação do relacionamento.
Em janeiro deste ano, dois meses depois da morte de Gal, Wilma solicitou abertura de inventário e reconhecimento de união estável pós-morte. Ela disse que ambas conviveram por cerca de 20 anos. Além disso, pediu a guarda de Gabriel, que ainda era menor de idade.
– A Justiça, então, pediu para que a Defensoria Pública de São Paulo atuasse a fim de garantir os direitos de Gabriel, com 17 anos à época.
– Wilma fez novo pedido para que a Justiça reconhecesse a união estável, mas o juiz afirmou que seria necessário um posicionamento da Defensoria.
– Em junho, a Defensoria Pública mostrou-se contrária ao pedido porque Wilma não teria apresentado “suficiente documentação comprobatória da alegada união estável”.
– No início de julho, Wilma reiterou os pedidos e disse que Gabriel, em outro processo, declarou de forma expressa que, desde pequeno, convive em harmonia com ela como se fosse sua mãe.
Diante do histórico de pedidos, a Justiça de São Paulo solicitou, no último dia 19, que Gabriel, na condição de pessoa maior de idade, fizesse uma declaração de forma expressa, em “concordância de próprio punho e com firma reconhecida em cartório”, quanto ao reconhecimento da “união estável supostamente havida” entre Wilma e Gal.
O reconhecimento da união estável pode definir a partilha da herança de Gal.