Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2022
O Brasil registrou nesta terça-feira (8) 1.174 novas mortes pela covid nas últimas 24 horas, totalizando 633.894 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 823 — a maior registrada em quase 6 meses, desde 17 de agosto de 2021 (quando estava em 833). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +123%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença.
É o maior número de mortes por covid registrado no País em 24 horas desde 10 de agosto do ano passado. São agora três semanas seguidas com tendência de alta apontando mais de +100% nesse comparativo.
Além disso, vale apontar que apenas duas unidades federativas não se encontram em tendência de alta nas mortes por covid em todo o País. São elas Amapá e Roraima, que nesta terça apontavam estabilidade.
O Brasil também registrou 170.282 novos casos conhecidos da doença em 24 horas, chegando ao total de 26.775.419 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 164.327. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +2%, indicando tendência de estabilidade nos casos da doença.
A média móvel de vítimas da doença atinge agora um patamar 4 vezes maior do que estava às vésperas do ataque hacker que gerou problemas nos registros em todo o Brasil, ocorrido na madrugada entre 9 e 10 de dezembro. Na época, essa média indicava 183 mortos por covid a cada dia.
Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados na noite dessa terça. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
Estados
— Em alta (25 Estados e o DF): Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal.
Em estabilidade (2): Amapá e Roraima.
Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás.
Vacinação infantil
Em conversa com jornalistas nessa terça, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga falou sobre a vacinação infantil e disse que o governo federal não atrasou a compra de vacinas. Em um dos momentos, Queiroga disse que vacinar crianças é diferente de vacinar adultos e que não dá para forçar a vacinação nesse público.
“Eu mesmo tive a oportunidade de vacinar crianças em Brasília. Às vezes, você tem que convencer a criança a se vacinar. Ninguém vai pegar uma criança à força, ir lá aplicar uma vacina com a criança berrando, não dá”, declarou.
Renato Kfouri, infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, discorda do ministro e explica que crianças não têm autonomia para decidir sobre sua saúde, se deve ir ou não para a escola, se precisam se alimentar.
“Faz parte da responsabilidade dos pais propiciar as ferramentas de promoção de saúde e a vacina é uma delas. As crianças devem ser vacinadas a despeito delas gostarem ou não. O momento da vacinação deve ser o mais acolhedor possível, claro. Mas não se pode negar o benefício por causa de alguma dificuldade de aceitação”, alerta Kfouri.